5.6.06

Prosa: Eternidade perdida

Uma noite.

Um quarto.

Um hotel no meio da estrada.

Ilusões, perdidas, dissolvidas num copo de dry martini.

Lembrando prazeres perdidos - e infernos passados.

Um pó branco, num envelope.

Tudo junto, batido - não mexido.

E o sono, eterno, enquanto houvesse sonhos.

E sempre os havia.

Num blood, ou num dry.

Ou, quem sabe, on the rocks.

E, no dia seguinte, o acordar de um bom dia.

Bom? Dia?

Melhor dormir. Eternamente.

Até que a velha roda volte a girar.

E, com ela, a eternidade de um momento, gravada no fundo de um drink, no
meio da estrada da vida.

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FPS, 05/06/2006, 12:44