14.3.21

Reflexões do Covid19: estamos ruins, mas não bastaria ter um Presidente de verdade.

Imagine um cidadão que esteja tão preocupado com sua casa que coloque "n" trancas na casa, sistemas de segurança avançadíssimos, apenas para descobrir, enquanto um incêndio consome a residência, que elas mais atrapalham do que ajudam (ainda mais quando se está dentro da casa pegando fogo).

Imagine, agora, que nada dentro da residência valha grande coisa. Imaginou?

Pois bem, esse é o Brasil do coronavirus, a terra do "ata não desata", das leis complexas para pegar bandidos (que nunca funcionam) e da insistência em "lockdown" voluntário, sem dar nenhuma compensação para quem o risco de morrer de fome torna necessário sair às ruas em quarentena.

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Lula reaparece, e a esquerda fala: "ah, se tivéssemos um Presidente...".

MENTIRA.

O petista que estivesse no lugar de Bolsonaro provavelmente faria convênios para trazer a Soberana II, a vacina cubana, para o Brasil. Ninguém sabe direito qual a eficácia dela, mas é bem provável que esse "Minha Vacina Minha Vida" fosse descrito, em prosa e verso, como a nona maravilha do mundo, e mais um legado do Brasil para o mundo moderno - além do samba, futebol, carnaval e SUS, esta beleza que todo mundo elogia (mas ninguém usa).

Seria melhor? NÃO. 

Investir em apenas uma alternativa para o Brasil inteiro, insistindo em soberania nacional quando mais se precisa de remédio, é totalmente sem noção. O ideal seria que lá atrás um Governo Federal disposto a resolver o problema tomasse coragem para mudar nossa legislação a toque de caixa, arrebentando qualquer mecanismo que impedisse a compra das vacinas "para ontem" - e satisfazendo a vontade de todos que querem "VACINA JÁ", ainda que isso signifique "a preços abusivos".

Essa não seria a solução. Longe disso.

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Quem teria coragem para isso? Quase ninguém: ficamos tão iludidos com a ideia de ter um Presidente "honesto e competente" que nos esquecemos de que incompetência, para efeitos práticos, é muito pior que corrupção. Ter uma "8666" que impeça qualquer tipo de contrato leonino, na hora em que os países estão pagando o que laboratórios mercenários querem, é um absurdo completo.

Se as 200.000 mortes ainda ensinassem ao brasileiro o que é mais importante... mas, desculpe, não vai acontecer. Odiamos as tragédias brasileiras, mas nunca estaremos preparados para tomar a atitude certa, quando ela é necessária.

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Ah, que falta fazem os "verdadeiros homens" numa hora como essa...