24.9.24

O debate do Flow foi uma droga? Grande coisa...

@tabataamaralsp

São Paulo merece mais do que isso.

♬ som original - Tabata Amaral

Mais um debate em que acontecem tumultos envolvendo Pablo Marçal, o "coach" picareta que se tornou o homem a ser derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo - e no qual se perdem oportunidades para "discutir propostas", como disse a candidata queridinha da mídia mais "hipster" no desabafo acima.

(aliás, eis um elogio: Tábata Amaral dizendo "m..." está melhor que a Sandy, que conseguiu a proeza de cantar "Ciranda da Bailarina" e não citar o "pentelho" que Chico Buarque colocou na música... que bom que ela não age sempre como a representante de classe perfeitinha...)

...

O problema, porém, é maior do que isso. 

Debate como forma de "discutir propostas" virou perda de tempo desde hoje que entidades da sociedade civil organizada passaram a impor pautas à cidade, seja via Judiciário ou elegendo seus candidatos diretamente (e passando pano para os erros dos iluminados, como se vê pelas pautas da imprensa em administrações como a de Fernando Haddad - e pelas atitudes de muita gente sem noção, que defende cegamente a ideia de uma "cidade para pessoas" sem consultar as pessoas que vivem nela).

Votar está valendo cada vez menos na impressão da população - e isso se dá justamente por causa de pessoas como os financiadores de Tábata, que imaginam poder construir uma sociedade "perfeitinha" agindo de forma ditatorial contra quem não concorda com seus pressupostos. Deveriam lembrar-se de que cidadãos, num país como o Brasil, querem serviços públicos de qualidade em um formato e padrão que lhes satisfaça (não a camiseta de tamanho único que o governo insiste que eu deveria aceitar como o "certo", ou o "melhor" para mim.

Eu, cidadão de São Paulo, não quero uma "cidade para pessoas". Eu quero uma cidade para MIM, para MINHAS demandas, para o que EU entendo como algo que possa resolver o MEU problema.

Se os candidatos em questão entendessem isso teríamos discussões que realmente valeriam a pena - e não estaríamos admirando o pombo enxadrista que tornou esta eleição bastante emocionante.

Para o bem, e para o mal.

4.9.24

Enquanto isso, no mundo democrático sem Musk...

... Threads vai ganhando a guerra das redes de opinião, mas o clima incômodo de casa em condomínio fechado persiste: tio Zuck não vai botar "trending topics" para deixar a galera quebrar o pau a torto e a direito - e fecharem todos os produtos que ele tem aqui.

Bluesky, por sua vez, adquire a vibe do Centro de São Paulo para entendidos na região: uma simples procura, com as palavras certas, e o céu azul adquire nuances de sol ardente.

Uma coisa, porém, é certa: quem ganha a guerra para substituir o "X" é... o próprio "X", já que até no Reddit temos mais interatividade que nos concorrentes do ex-Twitter.

31.8.24

Suspenderam o "X"? Bem...

 ... suspeito que ele volta daqui a alguns dias, talvez até no final de semana: se tem gente com capacidade para bloquear as redes por "n" motivos também há os que querem que ela volte, por outros "n" motivos. Vale lembrar que não é apenas a direita que se usa do X... a esquerda usa bastante a dita cuja, e os algoritmos volta e meia colocam quem cacareja ideias progressistas no topo.

Enquanto isso as pessoas se viram rapidamente, criando seus backups: todo mundo tem Telegram para o caso do Whatsapp cair, e vai facilmente criar um Threads (que já está criado) para quando o X ficar fora. Bluesky censura muito os da direita, Reddit depende de moderadores (mas os saudosos do Orkut vão gostar deles)... e outras redes, como Mastodon, não são conhecidas do grande público.

Agora... que a galera do Koo está se rasgando de ódio, está. Eles tinham a faca e o queijo na mão para pegar os "users" brasileiros, mas faliram antes que Alexandre fechasse o X por aqui... rs...



14.7.24

"Bluey" e a autoridade dos pais: mais respeito, elas são crianças!


Pais são criaturas adoráveis: sábias, compreensivas, capazes de tudo por seus filhos - mas tudo seria mais fácil se eles entendessem que já foram crianças um dia. Entender Bluey, desenho que bate recorde atrás de recorde em exibições no streaming da Disney (mesmo sendo uma produção australiana) passa por esse pressuposto.

Como não se encontram muitas informações sobre a origem do desenho em português além do seu sucesso, vale a pena contextualizar isso: Joe Broom, criador da série, voltara ao seu país depois de anos trabalhando no Reino Unido com o sonho de fazer uma "Peppa Pig australiana" - e conseguiu a inspiração para o projeto na própria casa, a começar do impacto que a mais velha teve quando mudou de cidade (e escola), sendo transferida para uma instituição com um formato de ensino mais abrangente.

Joe, pai de duas filhas, da terra do cachorro boiadeiro australiano, também chamado "blue heeler" ou "red heeler", ou "bingo", que quando criança tinha um "pet" chamado Bandit... 

... a inspiração para séries de TV na própria vida não é novidade, Mônica e sua turma são exemplos disso, mas é um fato: Bluey atingiu um sucesso estupendo e merecido, com crianças e adultos.

...

Bluey foi definido por seu autor como "uma Peppa Pig para maiores", o que torna-se mais evidente quando se percebe que Broom e sua equipe focalizaram seus esforços no público que começou na TV adorando as estripulias da porquinha britânica. Há, porém, um detalhe a mais: a série foi feita pensando num modelo de família mais participativo, moderno, colaborativo - e que entra, direta ou indiretamente, em choque com os papeis que pais e mães costumam exercer diante dos filhos.

É fácil considerar o seriado australiano como algo que subverta a autoridade paterna: no primeiro episódio se vê uma brincadeira que quase culmina no beijo entre dois "homens", brincando de cavalinho macho e fêmea. Em vários momentos as brincadeiras chegam a um limite que poderia ser considerado de muito mau gosto se não encararmos que são pais entrando no clima lúdico que cerca os jogos familiares - sem falar em tantas horas nos quais a autoridade dos pais parece ser constantemente testada, contestada e confrontada por crianças cada vez mais "mandonas".

Um desastre para a educação familiar, na opinião de muitos pais - e também uma injustiça, considerando-se a quantidade de momentos ternos e edificantes que a série possui.

...

"Mas porque seria injusto condenar um desenho que trata os pais como idiotas, e as crianças como heroínas? Porque tratar uma série infantil que deseduca nossos filhos como algo bom?"

Porque bem...  porque desenhos infantis são feitos para crianças, oras!

Lembre-se desta regra toda vez que for criticar algum desenho que passe na TV: desenhos infantis NÃO são feitos tendo em vista as atitudes que os pais achariam corretas para seus filhos. Eles não assistiriam algo que repetisse mantras como "coma seus legumes" ou "obedeça seus pais" diretamente - aliás, ninguém assistiria algo tão incisivo, não se assiste nada na mídia para ser doutrinado..

... e, quando se tenta fazer isso, o repúdio vem, como demonstrado pelo "quem lacra não lucra".

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Crianças gostam de se ver como protagonistas do mundo em que vivem. Elas querem ser as mocinhas, dar lições de moral, fazer e acontecer; querem brilhar, ser reconhecidas, donas do mundo (ou do seu mundo) - e também querem ser amadas, instruídas, ter carinho, compreensão e colo.

Serem respeitadas - como crianças, para as quais desenhos como "Bluey" são feitos.

...

P. S.: uma das coisas que me incomoda muito em Bluey é que quase sempre o antagonista é Bandit, o pai, que chegou até a ser disciplinado pela filha num episódio; depois, contudo, relembrei o que ouvira de um presbítero e me aquietei - "o homem será responsável, mesmo que não seja responsável".

P. S. (II): no momento em que escrevia esse texto, em julho de 2024, Bluey era exibido na TV Cultura de São Paulo, como parte do acordo que eles tem com a BBC (garantia de boa série).

P. S. (III): mesmo com esse negócio de "mais respeito, elas são crianças" a Disney censurou trechos e episódios inteiros que passaram no original australiano - mostrando que não são todos os pais que levam com tranquilidade a ideia de "tá tudo bem, é só um desenho".

19.6.24

Direitos da mulher vs direitos do não-nascido parte III: a lógica dos brasileiros - e brasileiras

 

Os brasileiros e brasileiras não sabem direito quando é que se pode dizer que um feto é um bebê, dizem que a vida nasce na concepção mas se uma mulher for vítima de estupro admitem tranquilamente que ela "tire" o que está em seu ventre, porque este não foi fruto de uma relação consentida, e jamais conceberão que se faça um aborto caso seja fruto de ato consensual, mesmo que seja entre adolescentes.

Sem muitos rodeios: quantas vezes vocês não ouviram um "na hora de abrir as pernas não pensou nas consequências", dito por mães sem educação que se tornaram avós involuntariamente? Será que muitos se esquecem do destino horrendo reservado a estupradores na cadeia, aplaudido efusivamente inclusive por gente que abomina o bordão "bandido bom é bandido morto"?

Mais ainda: quem nunca ouviu falar de pessoas que relataram o aborto como um procedimento invasivo e doloroso, pelo qual nenhuma mulher gostaria de passar?

Ora, se essas são as frases que se ouvem todos os dias nas quebradas brasileiras (e até nas mansões) porque a direita achava que o povo apoiaria o PL 1024, transformando quem aborta em criminosa - e, por semelhante modo, quem na esquerda realmente acreditam que iriam liberalizar a interrupção da vida de um feto a qualquer momento, por qualquer motivo, por causa da gravidez oriunda de estupro?

Brasileiros (e brasileiras, principalmente) tem uma lógica torta, mas que faz sentido bem de perto. Se quer entender qual é, volte ao lide desse texto, o primeiro parágrafo, e leia-o com atenção.

Boa noite...

15.6.24

Direitos da mulher vs direitos do não-nascido parte II: o papo de doidos em que todos acham que estão com a razão...


O PL 1904/24, resposta exageradíssima à decisão do STF que sustou decisão do Conselho Federal de Medicina que proibia a realização de assistolia fetal em fetos com mais de 22 semanas de gestação, gerou um festival de declarações em que todos falam a sua verdade, para as suas paredes - e crendo que estão vencendo a discussão contra os "inimigos" da vez. 

O evangélico que acredita que a vida nasce no zigoto apoiaria com gosto pena de morte para estuprador e proteção para a vida desde o momento da concepção, ao passo que o progressista - grupo no qual a maioria esmagadora de seus membros vê o embrião como um amontoado de células e Deus como um conto de fadas - julga absurdo preservar o fruto de um estupro (por não achar aquilo vida) e hediondo condenar alguém à morte, ainda que suas atitudes tenham justificado o apodo de "lixo humano".

...

A maior estupidez, contudo, é achar que números e estatísticas colhidas no calor da batalha servem como argumento quando princípios religiosos estão do outro lado. Quando os dados se contrapõem à Bíblia, fique com a Bíblia: esse é o argumento do cristão fervoroso, ainda mais considerando-se as penas para estupro no Antigo Testamento combinadas com a forma de se ver filhos naquela época.

Quem apresentou esse Projeto realmente não é digno de ser levado a sério, mas conseguiu algo bastante relevante: expôs a ira da elite progressista, aquela que manda nos costumes do país via "tapetão do bem", fortalecendo o papel do Congresso como lugar de discussões relevantes para a base da sociedade.

Não duvide que a direita perca nas redes, e nas discussões de elite - para ganhar entre o povo. Afinal de contas, para a Bíblia não se cogitava abortar "dádivas de Deus" (nem em sonho).

12.6.24

Direitos das mulheres vs direitos da criança: e a religião atacada pelo motivo errado.

Condenados por estupro não sobrevivem muito tempo na cadeia. Só vou dizer isso. 

6.6.24

Para refletir

Nos anos 80 era uma constante: filmes infantis criticando os pais que trabalhavam demais. Compare com 2024, em que mulheres que não trabalham fora de casa são vistas como seres anormais.

Será que não se lembravam dos tempos antigos, em que homem omitia seu estado de saúde para não se mostrar frágil - já que o "burro de carga" da casa não poderia se dar ao luxo de parar para cuidar de si?

2.6.24

Igreja Presbiteriana de Vila Formosa: "UM SERVO FIEL" - CULTO VESPERTINO 02.06.2024

"UM SERVO FIEL" - CULTO VESPERTINO 02.06.2024
"Ide , portanto, fazei discípulos de todas as nações" (Mateus 28:19a) PROGRAMAÇÃO SEMANAL DOMINGO: 09h30 Escola Dominical / 19h00 Culto Vespertino SEGUNDA: 20h00 Reunião de Oração (virtual) QUARTA: 20h00 Estudo Bíblico (presencial) Siga - nos nas redes: Facebook: @ipbvilaformosa Instagram: @ip.vilaformosa Rua Arapoca, 272 - Vila Formosa - São Paulo - SP Tel./ Whatsapp: (11) 2674-7815 / Email: ipbvf@ipbvf.org.br

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