O Brasil não vai virar o Chile de Pinochet, assim como não se tornaria a Venezuela de Maduro se Fernando Haddad vencesse as eleições. Falta o "it", aquela mudança drástica que concentra poderes nas mãos de um governante - e ele não existe hoje.
Uma coisa, porém, é quase certa: Bolsonaro não vai ter a mão branda com esquerdistas com a benevolência dos governos petistas. Ele não foi eleito para isso - assim como também não foi eleito para compactuar com o progressismo besta das universidades e programas "globíferos".
"Bolso" foi eleito para radicalizar o capitalismo, ser o liberal-conservador à moda brasileira. Capitaliza o sentimento difuso de que os democratas de esquerda falharam na construção de um país melhor - e que sempre foi alimentado por desculpas vazias, do tipo "os políticos nunca farão isso", e por exemplos que dificilmente se adequariam à realidade brasileira (como o Chile, de meia dúzia de produtos de exportação, que pode ser liberal ao extremo e não tem previdência social).
Pode ser que em um ano Bolsonaro se mostre uma fraude. Pode ser que ele vire o nosso Trump, ou que fique no meio do caminho, como o bufão Berlusconi.
Entretanto, sosseguem. O Brasil não vai morrer por causa de quatro anos de um governo de direita.
E ainda não aconteceu... "aquilo" (que poderia ter ocorrido, aliás, num governo do PT).
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Da rua, Lula deve estar olhando a janela. Está escuro - e frio. E vai continuar assim.
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