Uma noite.
Um quarto.
Um hotel no meio da estrada.
Ilusões, perdidas, dissolvidas num copo de dry martini.
Lembrando prazeres perdidos - e infernos passados.
Um pó branco, num envelope.
Tudo junto, batido - não mexido.
E o sono, eterno, enquanto houvesse sonhos.
E sempre os havia.
Num blood, ou num dry.
Ou, quem sabe, on the rocks.
E, no dia seguinte, o acordar de um bom dia.
Bom? Dia?
Melhor dormir. Eternamente.
Até que a velha roda volte a girar.
E, com ela, a eternidade de um momento, gravada no fundo de um drink, no
meio da estrada da vida.
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FPS, 05/06/2006, 12:44