Mostrando postagens com marcador Religião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Religião. Mostrar todas as postagens

5.6.25

Observações de aulas antigas de EBD, sobre liberalismo teológico... para leigos e não-tão-leigos-assim...

  1. o liberalismo teológico não é uma religião, mas uma corrente de pensamento - ele se liga à religião, mudando a forma pela qual ele pensa - um vírus que altera a interpretação teológica, submetendo os conceitos bíblicos à ordem social vigente (e deturpando a Igreja);
  2. o maior problema do liberalismo está no efeito rebote junto aos ortodoxos: para se tornar imunes ao movimento se agarram à confessionalidade de forma tão incisiva que repudiam quaisquer mudanças e atualizações que possam oxigenar a Igreja;
  3. separar "as Escrituras" da "Palavra" de Deus, declarando que aquilo que não se pode provar cientificamente é figurado: a Ciência comanda a Fé, não o contrário - tornando a Bíblia num livro "falível", submetido às regras do mundo;
  4. pergunta constante: porque o religioso quer aprovação da sociedade? 
  5. para não ser "atrasado" diante do mundo o religioso subverte a mensagem bíblica, fazendo com que a Igreja perca sentido enquanto portadora da mensagem divina;
  6. resultado: sal que não salga, igrejas iguais ao mundo, e ortodoxos agindo como remanescentes, agarrando-se ao século XIX para evitar os erros do século XXI;
  7. o liberalismo é perigosíssimo porque se traveste de igreja respeitável para falar ao povo, distorcendo conceitos e colocando Jesus de lado para ficar de bem com a sociedade;
  8. voltando à pergunta: porque o religioso quer aprovação da sociedade? 
  9. o cristianismo depende de fatos históricos, a partir do momento em que a gente acreditar que tudo é experiência a fé se perde, e o conceito de Igreja se dilui em "modernismo";
  10. de novo: porque o religioso quer aprovação da sociedade? para ser aceito por ela?
  11. o liberalismo teológico despreza a fé, tirando dela a autoridade para falar "per se" (e, com isso, joga todo o conteúdo sobrenatural da Bíblia no lixo - como desprezar a oração, por exemplo, dizendo que era apenas meditação);
  12. a teologia liberal abre espaço para outras "bombas", como ecumenismo irrestrito e adoção do progressismo como base auxiliar de doutrina (além de críticas aos ortodoxos, em especial às suas lideranças, acusando-os de ser parte do "atraso" da sociedade);
  13. o ortodoxo, no afā de manter-se imune ao liberalismo, passa a atacar tudo o que representa ameaça à Igreja tradicional - e, sem querer, acaba agindo de forma preconceituosa e ignorante (ao invés de ser inteligente);
  14. a teologia liberal é "bonitinha", todos fomos educados com base no iluminismo do qual ela bebe, MAS... o cristianismo não é uma religião feita para se adequar à sociedade, mas para subvertê-la e conquistá-la;
  15. de novo: porque o religioso quer aprovação da sociedade? para ser aceito por ela? ora... de que adianta ser aceito pela sociedade e perder a natureza principal, aquilo que você é?
  16. por outro lado... o medo do liberalismo teológico não pode, nem deve impedir a Igreja de entender as mudanças da sociedade, adequando-se aos desafios do século XXI sem perder a essência que veio dos reformadores;
  17. precisamos nos aprofundar do conhecimento nas Escrituras, MAS... um país no qual estudo filosófico é desprezado pode ensinar teologia a fundo? Além disso, relembremos: o remédio em excesso pode matar o doente - trazendo efeitos colaterais como hipocrisia (na base da pirâmide) e corrupção (no topo), por exemplo.
  18. para pensar, aliás: o liberalismo teológico mata a Igreja, mas o excesso de ortodoxia a atrofia... além disso, será que a Igreja "morreu" pelo liberalismo ou porque a sociedade virou as costas para Deus, forçando os Estados confessionais a relativizar as verdades bíblicas para manter um "cristianismo nominal" como religião oficial de nações que já não seguem a Cristo (ou nunca seguiram, de fato)?

e, para pensar...

porque o religioso quer aprovação da sociedade mesmo?

1.4.25

Genro do presidente do Conselho de Anciães da CCB na Igreja Presbiteriana: isso é polêmico inclusive na IPB...

@heinaroficial

BOMBA! EX-ANCIÃO RICARDO PAVANELLI ABANDONA a CCB e vai PARA a IGREJA PRESBITERIANA de PINHEIROS

♬ som original - Carlos Heinar


Se pelos lados da CCB isso é bombástico para os presbiterianos o problema não é menor.
(algo reiterado pelo próprio pastor titular da IP de Pinheiros em seu Instagram)?

11.3.25

Para pensar, sobre os evangélicos brasileiros

"O protestantismo brasileiro é místico, católico, anticatólico, imperial, participativo, de alma carismática, conservador nos costumes, liberal nas doutrinas e constantemente mutável - mas funciona apenas aqui, como o filé de frango à parmegiana, adaptação da adaptação criada de um prato que nem existe com esse nome, ou forma de preparo, em sua terra natal".

Ainda escreverei um texto sobre o assunto, mas o início já está pronto.

6.3.25

Perguntei para a IA: "Compare a estrutura dos dons espirituais (apóstolos, pastores, evangelistas, mestres e profetas) com os níveis de diretoria modernos (chamados C-Level)." Eis a resposta, bem inteligente:

Essa é uma comparação criativa e instigante! Vamos alinhar os dons espirituais mencionados — apóstolos, pastores, evangelistas, mestres e profetas, conforme descritos em Efésios 4:11 na tradição cristã — com os níveis de diretoria modernos (C-Level, como CEO, COO, CFO, etc.) em uma organização corporativa. A analogia exige certa flexibilidade, já que os contextos (igreja primitiva versus empresas contemporâneas) são distintos, mas podemos traçar paralelos com base em funções, responsabilidades e impacto. Vou estruturar isso de forma clara e comparativa.


1. Apóstolos vs. CEO (Chief Executive Officer)
  • Apóstolos:
    • Função: Na igreja primitiva, os apóstolos eram "enviados" (do grego apostolos, "mensageiro") para fundar comunidades, estabelecer doutrina e liderar a expansão do cristianismo. Eram visionários com autoridade máxima, como Paulo ou Pedro.
    • Características: Liderança estratégica, visão de longo prazo, capacidade de inspirar e iniciar movimentos.
  • CEO:
    • Função: O diretor executivo define a visão da empresa, toma decisões estratégicas e representa a organização perante stakeholders. É o "rosto" da companhia.
    • Características: Foco em inovação, crescimento e alinhamento da equipe com os objetivos globais.
  • Paralelo: Ambos são os arquitetos principais. O apóstolo planta igrejas e define rumos espirituais; o CEO cria a cultura corporativa e guia a empresa para novos mercados. A diferença está no propósito: um é espiritual, o outro é econômico.

2. Pastores vs. COO (Chief Operating Officer)
  • Pastores:
    • Função: Literalmente "pastores de ovelhas" (do latim pastor), cuidam do rebanho — os fiéis. São responsáveis pelo bem-estar espiritual, aconselhamento e manutenção da comunidade.
    • Características: Empatia, gestão de pessoas, foco no dia a dia.
  • COO:
    • Função: O diretor de operações supervisiona as atividades internas, garantindo que processos funcionem e que a equipe esteja alinhada para executar a visão do CEO.
    • Características: Habilidade operacional, resolução de problemas, cuidado com a "saúde" da organização.
  • Paralelo: Tanto o pastor quanto o COO são os "gestores do cotidiano". O pastor nutre a comunidade espiritualmente; o COO mantém a máquina corporativa rodando. Ambos lidam com o "rebanho" (fiéis ou funcionários) de forma prática.

3. Evangelistas vs. CMO (Chief Marketing Officer)
  • Evangelistas:
    • Função: São os "portadores de boas novas" (do grego euangelion), focados em espalhar a mensagem cristã e atrair novos convertidos. Felipe, o evangelista (Atos 8), é um exemplo.
    • Características: Persuasão, comunicação, alcance externo.
  • CMO:
    • Função: O diretor de marketing promove a marca, conquista clientes e expande a presença da empresa no mercado.
    • Características: Criatividade, estratégias de comunicação, foco em crescimento de público.
  • Paralelo: Ambos são "vendedores" de uma ideia. O evangelista "marketeia" a fé para novos públicos; o CMO vende produtos ou serviços. A diferença é que o evangelista busca conversão espiritual, enquanto o CMO visa conversão comercial.

4. Mestres vs. CTO (Chief Technology Officer) ou CIO (Chief Information Officer)
  • Mestres:
    • Função: Ensinam e aprofundam a doutrina, garantindo que os fiéis compreendam as escrituras e vivam de acordo com elas. São os guardiões do conhecimento teológico.
    • Características: Expertise, análise, transmissão de saber.
  • CTO/CIO:
    • Função: O diretor de tecnologia (CTO) ou de informação (CIO) gerencia a infraestrutura técnica e o conhecimento que sustentam a empresa, inovando e resolvendo problemas complexos.
    • Características: Profundidade técnica, pensamento analítico, capacitação da equipe.
  • Paralelo: Mestres e CTO/CIO são os "cérebros" da operação. O mestre forma a base intelectual da igreja; o CTO/CIO assegura que a empresa tenha as ferramentas e o conhecimento para prosperar. O mestre lida com verdades espirituais; o executivo, com dados e sistemas.

5. Profetas vs. CSO (Chief Strategy Officer) ou Conselheiro Visionário
  • Profetas:
    • Função: Inspirados por Deus, os profetas trazem visões do futuro, alertam sobre perigos e corrigem rumos. Na igreja primitiva, ajudavam a discernir a vontade divina.
    • Características: Intuição, previsão, orientação de longo prazo.
  • CSO:
    • Função: O diretor de estratégia (ou um conselheiro visionário, em empresas sem esse cargo formal) antecipa tendências, planeja o futuro e alinha a organização com mudanças externas.
    • Características: Visão prospectiva, adaptação, influência indireta.
  • Paralelo: Ambos são os "videntes". O profeta interpreta sinais divinos para guiar a comunidade; o CSO lê o mercado e o ambiente externo para posicionar a empresa. A diferença está na fonte da visão: sobrenatural versus analítica.

Diferenças Fundamentais
  1. Propósito: Os dons espirituais visam edificar a igreja e glorificar Deus; os cargos C-Level buscam lucro e sustentabilidade corporativa.
  2. Hierarquia: Na igreja primitiva, os dons eram interdependentes, sem uma hierarquia rígida (embora apóstolos tivessem primazia). No mundo corporativo, o CEO está claramente no topo.
  3. Fonte de Autoridade: Os dons derivam de chamado divino; os C-Levels, de mérito profissional e estrutura organizacional.

Reflexão
A comparação revela como funções de liderança transcendem contextos: visão, execução, comunicação, ensino e previsão são essenciais tanto na esfera espiritual quanto na corporativa. No entanto, enquanto os dons espirituais operam em um plano colaborativo e eterno, os C-Levels são mais hierárquicos e focados no curto/médio prazo.