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31.10.21

Devocional: Dia da Reforma Protestante – Atos 17:16-23

Introdução:

Se um dia existir um Dia do Evangélico no Brasil, por definição, este deveria ser o 31 de outubro, em que Lutero, com a publicação de suas 95 Teses, agiu como Paulo no seu célebre discurso em Atenas, falando de um "deus desconhecido" para um mundo que não sabia (e ainda não sabe) quem ele é.

Desenvolvimento:

Atos 17:16-20 – Paulo, em Atenas, se depara com a idolatria dos gentios, e começa a pregar na sinagoga (v.17), atraindo as atenções dos filósofos, que indagam sobre o “tagarela” (v. 18) e convocam-no ao Areópago, o Tribunal ateniense (v. 19), para perguntar sobre a doutrina que estava pregando:

“Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso. Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades”. (v. 20-21)
Atos 17:22-23 – Paulo introduz seu discurso destacando a religiosidade dos atenienses ressaltada por um fato em especial:
“Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: Ao Deus Desconhecido. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.” (v. 22-23)

LUTERO E PAULO, O QUE OS APROXIMAVA - Martinho Lutero, ao publicar as 95 Teses na Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, teve uma coisa em comum com Paulo em Atenas: a ousadia. 
 
O monge e pregador sabia dos riscos que corria – excomunhão, fuga, perseguição – mas não se intimidou com isso, muito pelo contrário. Além disso, em outra coisa em comum, Lutero (e os reformadores) pregaram um Deus que era desconhecido para os seus, tamanhos eram os desvios que tinham feito com que a Igreja de então tivesse se esquecido do que Deus requeria dela.

Conclusão:

O Dia da Reforma Protestante é lembrado entre nós muito mais pelos fatos que ocorreram naquela data do que pelo seu significado. A atitude dos reformadores, iniciando-se por Lutero e prosseguindo com Calvino, Knox e outros tantos, provocou uma revolução na forma de se pensar o cristianismo, baseada numa ideia simples: “voltar às origens”. Reformar-se, sempre.

Hoje falamos nos pontos básicos da Reforma como se fosse natural, mas se você hoje pode dizer que apenas Deus é digno de reverência (Soli Deo Gloria), que somente Cristo pode salvar o pecador  (Solo Christus), que esta salvação vem apenas pela Graça de Deus (Sola Gratia), que só pela fé em Jesus Cristo é possível alcançar a Salvação (Sola Fide) e que a Bíblia, e apenas ela, é a regra de fé e prática do cristão (Sola Scriptura), isto se deve ao esforço de pessoas que tiveram a ousadia que Paulo teve, neste e em outros episódios de seu ministério.

Somos o que somos hoje porque os reformadores abriram o caminho. Lembremo-nos disso.

Que Deus nos abençoe, e que nos faça relembrar, hoje e continuamente, do que somos e deveríamos ser.

Amém. SDG. 

21.10.21

Prosa: Porque dificilmente oramos pela salvação dos nossos filhos?


Porque é fácil orar pelo "agora". Pelo "hoje". Pelo "em breve".

Difícil é orar pelo "um dia", ainda mais quando esperamos que esse dia seja distante - como sempre acontece com pais, que desejam, do fundo do coração, que a experiência com seus filhos seja eterna. Que nunca passe.

Ao contrário do normal: a vida ter um fim.

...

Relembrar que a vida não é eterna, nem para nós, nem para nossos rebentos, é extremamente cruel: nos mostra o pecado, a perdição eterna, bem diante dos olhos paternos e maternos.

Nos relembra que nem todos tem o privilégio de Ana, o de ver Samuel crescendo para se tornar sacerdote, aos olhos do Senhor - e depois juiz, dos grandes nomes do Israel bíblico.


Nos traz de volta o pensamento dos pecados que cometemos, reconforta-nos por sermos salvos, mas nos faz ficar apreensivos - ao lembrarmo-nos que não podemos salvar os outros por procuração.

Nos faz recordar dos filhos que não servem ao Senhor - e isso dói.

...

Deveríamos orar pela salvação dos nossos filhos mais vezes. Por eles, e por nós.