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5.11.23

Se as pessoas soubessem...


Se as pessoas soubessem do valor das coisas que escrevo ficariam espantadas. 

Aliás, para ser mais exato: naquilo que transcrevo no meu blog é que está minha verdade.

Quer entender minhas opiniões? X, ex-Twitter - e Face, quando as pessoas podiam opinar por lá. 

Meus gostos? Insta, a rede mais acessada, e Tiktok, a das experiências - e coisas bonitinhas.

Há um pouco de tudo em tudo o que escrevo, é verdade - mas o blog... bem, o blog é o meu registro, o diário cifrado no qual estão as coisas que penso, meus dilemas e dramas, as opiniões mais profundas do meu ser, aquilo que não tenho coragem de falar. 

Quer chegar perto de entender esse enigma? 

Ele está aqui, diante de você. 

26.3.20

Poesia: Como faço pra te pegar...



Na cama, não estamos sós.
Sofá? A roupa está limpa.

De dia? Trabalho espera.
De noite? Cansaço impera.

Banheiro? 
Varanda?
Cozinha?

Supimpa!

... ah, se o cansaço permitisse falar algo mais do que posso escrever... 

fps, 26/03/20, 10:#0

28.11.19

Prosa reflexiva

Melhor viagem? 

É aquela que te deixa satisfeito e feliz: em que tudo dá certo e você realmente se realiza. Uma coisa é quando vamos para a Disney e seus filhos ficam encantados, porque tudo o que programou deu certo; outra coisa é passar um dia inteiro na praia com a amada - e uma noite de namoro sem fim.

A primeira coisa te deixa satisfeito; a segunda, feliz. Nem sempre ficamos felizes, mas é importante estarmos satisfeitos - até para te dar esperanças de, no futuro, saciar sua sede de felicidade.

18.11.16

Reflexão



"Mesmo que ninguém perceba o seu valor é preciso seguir em frente. 

Lutar contra as intempéries, afastar os pingos de chuva, proteger os olhos do sol.

Mesmo que ninguém se importe, você se importa. 

Você se importou. Fez por merecer o lugar que tem hoje.

Agora vem o caminho das sombras, 
o desfiladeiro por onde os valentes passam para chegar onde desejam.

Não desista. Perto ou longe, não deixe de lutar.

Mesmo que ninguém queira saber de você, alguém está do teu lado. ELE está contigo.

E isso é o que interessa. 
É o que realmente importa. 
É o que você precisa.".

fps, 18/11/2016, 18:18

25.10.15

Reflexão sobre o ENEM mais difícil da História ...

Todo mundo falando, então ... porque não eu?Muitos aqui e no Twitter falando sobre a redação do ENEM, mas pouca gente...
Posted by Fábio Peres on Domingo, 25 de outubro de 2015

6.6.15

Tirando o pó das coisas velhas ...

... inserindo sistema novo de comentários no blog (do Disqus), escrevendo um pouco enquanto não volto às aulas ... até novos resumos, do resumoseaulas.blogspot.com, estou querendo fazer.

Se o pique sobrar, e enquato o herdeiro não chegar, trabalho não faltará. Segue o fluxo!

17.1.15

Brasil 1, Indonésia 0 (ou: reflexões esparsas sobre pena de morte e tráfico de drogas)

Estranho ver a reação da "brava gente brasileira" com a execução de Marco Archer, ocorrida hoje na Indonésia

Gente que defende pena de morte no Brasil para todo e qualquer crime hediondo (e mesmo os não-hediondos, como a nossa decantada corrupção) se divide entre os que apontam a Indonésia como exemplo e os que não sabem o que dizer quando veem um compatriota seu sendo enviado à morte "por tão pouco".

O mundo civilizado é contra a pena de morte, e não é por menos: não há como reverter tal punição, e nenhum pagamento em pecúnia traz de volta a vida de alguém. Nosso país, nesse contexto, age muito bem, ao endossar os tratados internacionais que regem o assunto, e que condenam essa forma de sentença.

...

(Aliás, para os desavisados: tratado internacional aprovado pelo Congresso equivale à botar o texto na Constituição, o que significa que dificilmente a pena de morte entra no nosso ordenamento jurídico).

...

Dito isso, está todo mundo cumprindo seu papel: o presidente indonésio não foi eleito para ser o queridinho do mundo, mas para satisfazer um país que acha que "traficante bom é traficante morto". O governo brasileiro, por sua vez, age corretamente, ao defender seus cidadãos e endossar a imagem de país defensor dos Direitos Humanos lá fora - embora, aqui dentro, a sociedade insista em repetir o mantra dos "direitos humanos são para humanos direitos".

Claro ... até a hora em que um dos seus aparece na linha de tiro do carrasco.

...

Marco Archer tinha cara e jeito do "bom carioca", pelos depoimentos colhidos na imprensa. Suponho que achasse que sua esperteza o salvaria, como várias vezes acontece a quem comete o mesmo delito várias vezes com sucesso. 

Cometeu, entretanto, um erro crucial: foi cometer seus crimes em um país que por vários motivos, inclusive históricos (a Indonésia sofreu muito com o tráfico na Guerra do Ópio) trata com extrema dureza o traficante de drogas - a tal ponto que é preferível ser terrorista que agir como "mula"

Moído pela prisão, tornou-se um morto vivo, que espantava aqueles que o conheceram anteriormente. Poderia ter sido solto - mas esbarrou em um governo que não quis ceder; e que, na sua intransigência, foi muito mais indigno, diante do mundo civilizado, que o governo brasileiro.

...

Quando comparo o tratamento dado a Marco Archer ao que o Brasil prestou a gente como Cesare Battisti e Ronald Biggs, confesso que sinto um pouco de orgulho de nosso ordenamento. Mesmo tendo cometido crimes graves em seus países de origem, preferimos ser clementes, atender aos apelos humanistas e evitar que fossem condenados de forma injusta, seja por ter fixado uma vida aqui, ou porque havia medo do tratamento a ser dispensado lá fora.

Criminosos como eles não eram dignos, diante da sociedade, de toda essa proteção. Mas a receberam.

Mostrando que aqui, apesar de nossa "brava gente brasileiros", há uma esperança de que sejamos civilizados de fato. 

Assim como somos de direito.

...

Aos navegantes: algumas vezes escrevo textos opinativos com links para diferentes matérias, sobre assuntos do momento, com dados que coleto aqui e ali. Esse é um deles.

"Enjoy it!". Sem moderação.

15.1.15

Quem sou eu?



Quem sou eu?

Eu sou aquele seu colega de trabalho, que está do teu lado, mas que você não conhece. 

Talvez você tenha ouvido falar do meu nome, só de relance, ou tenha visto minha foto na parede, naquele comunicado da firma ou na lista de recados. Você pode ter me visto de longe - e nem me reconhecido, ou parado para me cumprimentar (e isso porque, ora, você não me conhecia, claro!).

Pode ser que você já tenha falado comigo. Pelo telefone, ou pessoalmente, para que eu lhe resolvesse "alguma coisa". Ou para "me resolver alguma coisa", não sei - afinal, quem é prestador de serviços também pode precisar de "uma ajuda".

Para alguma coisa.

...

"Uma ajuda". "Alguma coisa". "Alguém". Sempre no indefinido. 

Não temos nome, até que alguém nos diga "bom dia". 

"Boa tarde". "Boa noite".

"Olá, tudo bem?"

E, no entanto, não paramos para pensar ... "quem é esse cara que eu cumprimentei, mesmo?".

...

De tudo o que poderia falar de mim, apenas repito a primeira sentença que me veio à mente quando criei o meu Twitter (antigo, mas não tanto quanto a vontade de escrever, que tenho desde sempre). 

"Eu ... eu ... eu sou eu".

Simples e objetivo - como, aliás, deveria ser a essência dos nossos atos (embora, muitas vezes, necessitemos ser analíticos para entender o mundo).

Quanto ao mais, deixo a vocês este blog. 

Uma parte de mim, para você que aqui chegou.



fps, 15/01, 20:35

P. S.: Dez anos, bem, é tempo demais!!!! Parabéns, querida, por tudo!

27.11.13

O Lulu e a mania atual de reduzir tudo à lógica

Lulu, o programa do momento para a mulherada que quer dar nota aos homens, virou uma loucura. 

Todo mundo querendo qualificar os machos de plantão, e justificando-se com a "tradicional opressão" que as mulheres sempre receberam da sociedade. Esse que vos fala, inclusive, discutiu asperamente com uma feminista recentemente a respeito do dito cujo, só para depois perceber que tinha feito uma tremenda bobagem, dessas que, espero, não farei de novo tão cedo.

E tudo porque é uma imensa brincadeira. Que só quando levada a sério mostrará sua verdadeira face.

A da sandice, disfarçada de lógica.

...

Estava me perguntando recentemente se daria nota a alguém. Aliás, brincava dizendo que tal pessoa "merece nove e meio, porque dez, de fato, só a minha mulher".

Mas, particularmente, nunca consegui qualificar as pessoas dessa maneira. Nunca, porque o conteúdo para mim sempre falou mais alto, e porque o contexto geral sempre foi mais importante.

Porque, não sei.  Talvez porque eu seja um romântico incorrigível, ou discreto demais.

Ou, talvez, porque era do tempo em que "nerd" era motivo de chacota, e não de orgulho. E, se tivesse festa de formatura, moça nenhuma aceitaria um convite meu para o baile.

Disso eu tenho certeza.

...

Nossa tendência a escolher o errado, seja entre homens ou mulheres, nos leva a fazer bobagens. Uma delas é tratar o sexo oposto como se ele fosse cheio de comparações; outra, pior ainda, é imaginar que por conta de alguns um gênero inteiro possa ser qualificado como tal.

É reduzir à lógica sentimentos, é fazer de tudo um discurso chato e cansativo contra o oprimido. É procurar oprimidos onde eles não existem, é achar que tudo deve ser qualificado de forma precisa e quantitativa.

E não pela qualidade. E não pela emoção.

...

Tenho medo de que num futuro próximo as pessoas queiram transformar tudo em números, ou em escolhas diretas; que as mulheres queiram se pintar de oprimidas eternas para aprontar das suas, e que os homens percam totalmente o respeito por si mesmos, já que pelas mulheres já perderam faz tempo.

Tenho medo do nivelar por baixo, medo do fim da mulher virtuosa, e do homem que tinha orgulho de ser homem, e não escória humana.

Tenho medo de tudo isso estar se tornando verdade, diante dos meus olhos.

E, de um dia, ouvir de fato o que hoje é só obra de ficção, como num pesadelo: 


20.11.13

Que dia é hoje, mesmo?

Como ainda é 20 de novembro, lá vai: eu sou do tempo em que 19 de novembro era comemorado em sala de aula, cantando o Hino à Bandeira enquanto ouvíamos falar em "verde das matas, amarelo do sol, azul e branco do céu de anil". 

E guardei isso, ainda que fosse mentira (ao menos o verde-amarelo das cores imperiais). 

...

Hoje é Dia da Consciência Negra, meus amigos e eu foram ver o mar, o sol, a rua, o bar, e ninguém sabe quem é Zumbi ou Dandara. 

E uma grande oportunidade para discutir a discriminação racial em sala de aula foi perdida.

Mais uma vez.

...

Nada contra a data, mas feriado cívico, no Brasil, é sete de setembro. O resto é o resto.

2.10.10

Pitacos pré-eleição e pesquisa de opinião

Cansaço da política é absolutamente normal, e por isso não vou escrever nada, só indicar alguns posts por aí:

  • André Kenji levanta dúvidas sobre a facilidade do sistema de votação brasileiro, que, aliás, não foi feito para ser fácil mas sim para facilitar o trabalho de apuração pela Justiça Eleitoral; aliás, se fosse para ser fácil, separaríamos as eleições em mais de um dia ou juntaríamos as eleições estaduais com as municipais, dividindo melhor os esforços de digitação.
  • Se bem que, como toda mudança na política brasileira implica em gritaria geral, é melhor deixar como está.
  • O blog evangélico Crentassos vem com uma discussão boa, sobre a quantidade de babação de ovo em cima de alguns grandes líderes evangélicos em torno de seu apoio, que chegou a dedo no olho e ofensas entre os caciques das tribos neopentecostais que está mais para uma briga de bar sem bebida alcoólica.
  • Ou como discussão no Congresso Nacional (“com todo o respeito, mas V. Exª é um tremendo safado” …)
  • Ainda no campo evangélico, um ótimo texto de Helder Nozima no blog Bereianos alerta para o perigo de querermos uma teocracia cristã no Brasil, que parece ser o sonho de dez em cada dez evangélicos conservadores (ou protestantes, como queiram), mas que esbarra no óbvio: como pode o homem fazer um governo perfeito se ele nunca o será nesse mundo?
  • Sem falar que um dos motivos da Reforma Protestante foi justamente separar Igreja do Estado, para dar o direito aos cristãos de culturar a Deus sem interferência do rei ou presidente do momento.
  • E que foi bom para todos, cristãos, ou não.

De tempos em tempos, esse blogueiro faz um post denominado “Aviso aos navegantes”, em que tenta ser interativo com a meia dúzia de dez pessoas que nos lêem continuamente: só que de vez em quando vale a pena fazer uma avaliação do nosso trabalho.

E por isso, pergunto: o que estão achando dos últimos posts? Do que vocês mais estão gostando? Mas, principalmente, quem são vocês que vem a esse pequeno espaço e que nos prestigiam, lendo, sentindo e comentando (às vezes) o que se escreve por aqui?

Falem, comentem, digam a que vieram; é sempre bom obter feedback, mesmo que esse seja, lá no fundo, apenas mais um blog por aí.

P. S. I: Deveria ter parado, mas não deu para evitar: até porque, lendo textos como esse, temos bons motivos para dizer que a Igreja evangélica brasileira está muito, mas muito longe mesmo, de ser realmente “sal da terra” e “luz do mundo”.

 

31.8.10

No #blogday, um giro por aí …

Para começar, um alerta: nossa amiga jornALIZta, protesta contra a nova série do dr. Dráuzio Varela no Fantástico, em que ele resolve atirar no que vê (a mania do brasileiro de se automedicar) e acerta no que não vê, quando critica o consagrado uso dos  remédios naturais pela população brasileira.

Dá para ficar com dúvida sobre que programa da Globo é de sua confiança: o Fantástico, que critica o uso do chazinho de camomila para pegar logo no sono, o Globo Repórter, que sempre escreve matérias sobre os novos remédios naturais e estimulantes; ou ainda o Globo Rural, que olha para esses remédios como quem tem saudade de tempos bons que não voltam mais …

Entretanto, se quiser mais detalhes, clique aqui e leia mais sobre o assunto, que é seríssimo (e aproveite para ler o excelente blog da Aliz).

Já falei do Raphael Tsavkko no post sobre as discussões entre gays e evangélicos, mas recentemente ele chamou a atenção para outro assunto seríssimo: o projeto de lei que institui o controle sob a internet brasileira, vulgo Lei Azevedo, e que foi adequadamente entitulado por todos de “AI5 digital”.

Me impressiona profundamente que alguém com formação de analista de sistemas tenha procurado efetuar um projeto como esse, já que a internet foi concebida como livre desde a sua fundação e controlar o tráfego de informações na rede é equivalente a conter a água do oceano em uma mão; ainda assim, faz todo o sentido convocar blogs e mais blogs para gerar massa crítica e mostrar que o que menos precisamos na rede é de controle.

E sim de consciência; para mais informações, segue o link para o blog do Tsavkko, aqui.

Finalmente, gostaria de fazer umas pequenas indicações antes do fim do #blogday:

Fica aqui o convite para ver esses e outros blogs e acompanhá-los, seja aqui ou no Olho Clínico, meu outro blog – e é assim que encerramos esse “plantão do #blogday”, antes que o próprio Blog Day se acabe no Brasil …

11.4.10

Mexidão dominical

Manhã de domingo, preparação para o almoço, música de fundo e inquietações gerais sobre diversos assuntos durante a semana, que renderiam posts isoladamente mas que perderam o tempo de cozimento, ou de elaboração requintada.

Logo, o que fazer?

Juntar tudo numa mesma panela, cozinhar em fogo médio e soltar o que em Minas se chama de “mexido” – o que nesse blog significa falar um pouco de tudo, rápido e rasteiro, e misturar os sabores da vida, todos na mesma panela.

Como é, aliás, o gostoso mexidão de arroz, feijão e ovo, que a musa tanto gosta.

Niterói.

Tragédia. Sofrimento. Solidariedade.

Mas também falta de bom senso: dos governos, em dizer que está tudo bem quando não está, e das oposições, em questionar porque dinheiro que não foi pedido para as enchentes antes não chegou.

E, mais ainda, falta de bom senso das emissoras de TV, que mostram exemplos dos extremos de limpeza para o lixo brasileiro - Tóquio e Estocolmo, principalmente.

Esquecendo-se de que lá existe respeito pelo ser humano e ousadia para quebrar tudo e refazer o que está defasado ou fora de padrões de segurança e meio ambiente.

Coisa que exige engenharia, inovação … e DINHEIRO.

Aliás, dê-me dinheiro e eu faço o mundo ficar bem melhor – acredite.

Serra e Dilma lançaram o bloco na rua ontem, e deram o tom do que será o segundo semestre de 2010 na política brasileira.

Ele, falando num um país que “pode mais” e explorando os valores da classe média a fundo enquanto deixa os assessores baterem abaixo da cintura.

Ela, explorando a ligação com os movimentos sociais e escondendo-se atrás do governo mais vitorioso da Nova República para dizer que não fugirá da raia.

E o Brasil dos politizados bate bumbo – esperando a hora da batalha.

No meio do tiroteio, Marina e Ciro esperando a oportunidade para tentar um milagre, nesse bipartidarismo de esquerda que se desenha para o futuro brasileiro.

E que sempre será decidido pelo centro pragmático.

O que quer resultados.

Não importa como.

Legendários, na Record: muito auê, um riso ou outro, alguns constrangimentos, muitas dúvidas sobre os quadros.

E uma certeza: o que está na MTV deveria ficar sempre na MTV.

E com esses detalhes vou encerrando o meu mexidão - agradeço à todas as pessoas que acessam esse blog, semanalmente, diariamente ou ocasionalmente.

Ou mesmo procurando por coisas bizarras, como o plural de toner, ou reclamações de uma mãe sobre conteúdo ensinado na escola, ou sobre o auxílio-reclusão.

Mas devo lembrar-lhes que todo blogueiro tem um fetiche, ou um complexo.

Feedback.

Todo blogueiro adora ouvir os comentários, saber se está agradando, ou pelo menos que lhe digam “olá, tudo bem, como vai a família?”.

Por isso, o aviso aos navegantes desse mexidão: comentem, seja pelo link abaixo ou pelo formspring - que fica aqui ao lado, e que serve, justamente, para que se pergunte, sobre qualquer assunto que lhe vêm à cabeça.

Que é, aliás, o motivo pelo qual o autor criou esse blog.

E que só existe, bem lá no fundo, por causa de quem o lê.

2.2.10

Sobre a blogosfera e a vida

Hermenauta, Idelber, Alto Volta, Ao Mirante Nelson ...

Sempre que um nome conhecido da blogosfera atuante deixa oficialmente de postar, ou deixando seus blogs em hibernação prometendo voltar mas parecendo que foram comprar cigarros na esquina para não voltar mais nos próximos anos, a gente sente um pouco.

Seja para cuidar dos twitters, de novos desafios ou mesmo do poderoso "fator nhé" (uma trouxinha que faz xixi na cama, chora e te dá insônia, mas que você ama de paixão), o fato é que parar de blogar faz parte da vida, e, principalmente, do amadurecimento de novos projetos, que trazem a marca da seriedade mas também a exclusividade sobre a nossa tão agitada agenda.

E então, paramos – para novos desafios e novas respostas.

E alguém tem que assumir esse papel, o de voz alternativa de uma sociedade que procura por respostas, já que, ao contrário de boa parte dos blogs famosos, que são pagos ora para escrever o sonho midiático da classe média, ou para servir de passatempo para endinheirados, ou como ponta de lança de bons negócios, quem escreve por gosto faz um trabalho bem mais apurado, e simplesmente porque gosta do que escreve.

Só isso.

E, embora possa parar porque a necessidade (vulgo "vida real") nos chame, sempre vão existir os que continuam a tocar o barco e acreditar que se pode viver um pequeno sonho.

O sonho de escrever – e ser lido por quem aprecia uma boa prosa, ou poesia.

Por isso, aos que foram, muito obrigado.

E aos que tentam manter essa chama acesa: bola pra frente, gente!!!

11.9.09

Aviso aos navegantes: novela vem, novela vai ...

Do meu "exílio dourado" (de onde teclo agora), aproveito primeiro para mandar um abraço a todos os colegas do Boteco do Balaio, que estão se divertindo nesse momento, e dizer que estou muito feliz por vocês, e que só não estou (ou pude estar) aí porque o dever nos chama.

Na verdade já dou graças a Deus por poder blogar nesse momento, enquanto todo mundo na sala ao lado dá seus berros e choros com o final da novela das oito, nesse 11 de setembro que se encerra.

...
E, falando em novela, o que eu posso dizer é que "Caminho das Índias" repete o samba do crioulo doido de "América" e "O Clone", e também o sucesso meio inexplicável que todo caldeirão cultural de Gloria Perez faz, numa pizza meio cultura que não conhecemos (e que continuamos a não conhecer) meio gafieira carioca, temperada com conflitos característicos de todo folhetim do gênero.
Folhetim que na verdade continua a girar a roda da vida, essa que nos fará esquecer dessa novela tão logo subam os letreiros de "Fim".
...
Quanto a novela que chega, "Viver a Vida" será mais do mesmo de Manoel Carlos, ou seja, do mundo que começa no Leblon e termina na Barra e acaba sendo um conjunto de histórias de mulheres com alguma coisa em comum (dessa vez é a superação, mas já foram a família e os conflitos de idade).

Espere por mais do mesmo, só que temperado com um novo componente, chamado "histórias de superação": aguarde por mensagens positivas, exemplos de vida marcantes e estórias impressionantes que nos farão, ao menos por um momento, pensar que se essas pessoas conseguiram carregar sua cruz de maneira tão grandiosa nós também podemos carregar a nossa com um pouco mais de dignidade.

...
Enquanto teclo, alguém deve ter pensado: "mas porque você está blogando enquanto todo mundo assiste a novela?" - e a resposta é até simples: eu costumo acompanhar novela pelos roteiros, saber o que vai acontecer nos próximos capítulos antes de todos e prever a reação deste ou daquele personagem, pela Internet ou até pela TV.
Entretanto, quando vou assistir ao resultado do trabalho acontece uma coisa estranha comigo: aos meus olhos as novelas se tornam um produto tão previsível que eu não consigo ficar muito tempo perto da telinha; é mais ou menos como se tudo aquilo já tivesse perdido a graça, e eu me preocupasse mais com o estilo de contar a estória ou com as curiosidades que com o desfecho da novela em si.
Se isso me torna melhor, eu não sei - mas um dia eu chegarei ao ponto de adivinhar o destino de todos os personagens antes da trama começar; e aí, ou serei um Buda noveleiro, ou então estarei condenado a ser um eremita, blogando enquanto todo mundo se pergunta quem vai ficar com quem na sexta final.
...
Mais uma vez, abraços a todos, principalmente aos botequeiros; a gente se vê ... por aqui.

31.10.05

Enquanto isso, aqui em MG ...

O calor está gostoso, o pão de queijo continua ótimo - e daqui da lan house eu vejo o movimento da rua; tranquilo e pacífico, como deveria ser em toda viagem como esta.
Entretanto, eu interrompi meu exílio voluntário nas terras onde mana leite, pão de queijo e outros que tais para comentar uma matéria publicada por Ibsen Pinheiro e que está no blog do Noblat, no endereço abaixo, sobre as "leis escandinavas" que atualmente pulam em nosso país:
Descartando-se o campeonato por pontos corridos, o fato é que tem-se visto muito na sociedade uma espécie de cansaço do onguismo e do politicamente correto imposto pelos formadores de opinião, ditos "do bem", que querem fazer a proeza de transformar o Brasil na Noruega sem ter os recursos que fazem deste país a maravilha que ele é (para se entender melhor: a Noruega é o país de melhor qualidade de vida do mundo, medido pelo IDH, mas nada em petróleo e tem um governo que se preocupa em capitalizar-se, enquanto há recursos minerais suficientes para isso).
Não adianta o brasileiro achar que vai criar um país ultraliberal na base da proteção excessiva às minorias, como se fosse obrigatório aceitar o movimento gay e a defesa de cotas para ser "in"; tem gente que acha que o referendo foi um grande retrocesso conservador, mas a verdade é que está todo mundo um pouco cheio de fazer a sua parte e não receber nada em troca, e talvez seja por isso que estejamos todos nesse nível de insatisfação às vésperas de um 2006 que pode derrubar petistas e tucanos, cada um, do seu ninho.
Se os homens de bem fossem um pouco menos hipócritas e tivessem também suas ONG´s, e não olhassem tanto para o próprio umbigo, talvez esse país ia pra frente de verdade, não tão bonzinho, é verdade, mas pelo menos um pouco mais esperto e inteligente com seu povo
E voltamos ao nosso sossego habitual ... servido um pão de queijo? ^_^ ...