31.1.06

Poesia





não,
não me vejo,
não tenho imagem,
nem honra,
nem fé.

não,
não me sinto,
não sou mais muita coisa,
sou só clone,
imagem distorcida de mim mesmo.

não,
não me espere,
não me espere para que eu coma
essas coisas,
as coisas sentidas,
coisas vividas,
as coisas fluídas
que a gente come
e a gente sente
a cada dia
cada vez mais
no cotidiano

e não sabe por que.





fps, 31/01/06, 16:16


Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente poema!