7.8.09

Fretados, lei antifumo ... é o higienismo à solta em São Paulo ...

Sejamos francos: todos sabemos que São Paulo há muito tempo embarcou na visão neofascista de uma parcela significativa dos formadores de opinião de que medidas restritivas são a única forma de se manter a ordem diante do caos social, validando uma ditadura social no melhor estilo de "1984", desde que se convencionou por estas bandas que leis de cunho autoritário resolveriam todos os problemas do cidadão e trariam "ordem" a um mundo em frangalhos, representado pelo teatro de absurdos de Brasília e o caos inexplicável do Governo Federal.
 
Só isso explica porque tanto gosto do paulistano por medidas autoritárias como a Lei Antifumo, a proibição aos fretados e, mais no passado, a Lei Cidade Limpa - e, convenhamos: a grande maioria da população não fuma, e se fuma dificilmente será afetada por uma lei que deveria afetar o cotidiano normal do cidadão (fuma em casa, ou na rua, mas não no trabalho e nem vai a baladas ou barzinhos da moda); some-se aos "tabachatos" de plantão, aqueles que vibram com cada passo em direção à proibição do tabaco mas que não cuidam bem nem da própria saúde, ou da sua vida social ...
 
... e pronto; viva mais uma das barbaridades contra o direito individual, que faz com que, bem lá no fundo, os esclarecidos sintam um profundo desprezo por viver num trecho do Brasil no qual a "orrrrdem" virou pretexto para impor qualquer tipo de barbaridades e disfarçar as próprias incompetências de sua administração e a forma tacanha de ver o mundo, no que é chamado pelos cientistas sociais de higienismo e pelo cidadão comum de "jogar a sujeira para debaixo do tapete".
 
Para muitos é fácil, basta dizer "não é meu problema mesmo" ... mas e quando o problema realmente te afetar (isso é, se afetar, um dia?).
 
P. S.: E, a propósito, Kassab está recuando um pouco no Cidade Limpa - talvez porque está faltando $$$ para pagar as contas da "cidade perfeita" que ele inventou ...

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