Segunda carta
"São Paulo, 16 de maio de 1.995
Querido amigo, quantas saudades !
Não sei se sua vida vai indo tão bem, mas quanto a mim, vou indo nesse mar de ansiedades que sempre me persegue.
Estou lhe escrevendo, como sempre, por causa dele.
Ah, meu amigo, como estou insegura! Não sei realmente o que ele pode vir a pensar de mim, não entendo nada do que acontece, não sei o que posso fazer ... na verdade, não sei nada, e tudo o que sei ainda é muito pouco para que possa ter segurança de alguma coisa, qualquer que seja.
Socorro, meu Deus!
O que faço para resolver tudo isso ?
Pode ser a simples insegurança de uma doce menina ingênua, mas tudo isso me causa dor ... muita dor.
É bom falar sobre isso com você. Você, tão calmo e seguro, poderia me dar uma grande ajuda.
Mas você esta longe, tão longe de mim, como se um oceano nos separasse.
E, quem sabe, está muito mais feliz do que eu.
Posso estar criando meus próprios problemas, podem ser coisas de moça imatura, como você mesmo diz, mas assim mesmo estou preocupada, como se me faltasse alguma coisa para melhorar um pouco ...
Bem ... a vida é assim mesmo, e espero que dê tudo certo.
Obrigada pela atenção que você me dá, querido.
Assim me sinto um pouco melhor para encarar a vida, essa grande caixa de onde saem as surpresas que nós temos que encarar todo dia.
Beijos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário