Pouco lhe falo, caríssima,
sobre o que penso da vida.
Pouco lhe digo, caríssima,
sobre o que penso dos outros,
das pessoas que convivo,
das pessoas que aprecio,
daquilo que me convém.
Pouco lhe falo, caríssima,
do pouco que sinto em vida,
do pouco que vejo em mim.
Do pouco que sinto em mim.
Mas de tudo um pouco, caríssima,
aprendi a olhar nas entranhas
pois sou homem de muitos sonhos,
vivendo, em termos tristonhos,
a procurar ser alguém.
Teus olhos, pequenos e fundos,
conseguem olhar em meu sonho
a tristeza que em um profundo
eu sinto bem dentro de mim.
Pois assim eu olho meu mundo,
procurando ver se na verdade,
pela imensidão da bondade,
a tristeza possa ter fim.
Porque, caríssima,
teus olhos são tão belos
quanto as noites de um luar claro,
que ilumina meu pobre coração
e me incita a olhar para dentro
de mim mesmo,
à procura de alguma coisa que me faça feliz
e ilumine os caminhos de minh´alma sofrida.
Nos teus olhos eu vejo essa luz.
E por ela caminho,
a procura de mim.
fps
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