7.5.24

Cinco pitacos esparsos sobre as enchentes no Rio Grande do Sul...

O X(Twitter) não permite falar com clareza o que penso - até porque "textão", lá, exige que se pague o pedágio mensal para Elon Musk. Se não podemos falar lá, vamos nos expressar pelo velho blog, com algumas observações coletadas aqui e ali sobre a tragédia gaúcha de 2024:

  • CEO da firma tem que estar na "central da crise", não no meio da tragédia - e não pode falar mais do que o necessário para a imprensa, especializada ou não. Presidente da República e governador de Estado com colete e sobrevoando cenários de devastação é comovente e bonito num primeiro momento, mas não resolve nada a longo prazo;
  • Governante bom é governante que está preparado: teria sido muito melhor para Eduardo Leite ter agido como Paes, o prefeito, que se antecipou a uma tragédia que não ocorreu (mas que estaria pronto para agir, caso um ciclone tivesse atingido ao Rio de Janeiro);
  • Quando o Estado tem cara de frouxo, o particular age - e geralmente do jeito errado: ao festival de erros e barbaridades do governo antes da crise sucedem-se atitudes de quem se julga no direito de bancar o herói "já que o governo não faz nada", esquecendo-se de que civis não tem experiência e poder institucional para agir como salvadores da ocasião;
  • Ainda nesta pegada, um aviso: dar dinheiro para particulares? Ok, só não reclame se o PIX para onde você mandar os trocados for um engana-trouxa...
Finalmente, o mais relevante: o maior desgosto ainda está por vir. Quando as águas baixarem o Rio Grande do Sul ficará à mercê de todo tipo de invencionice, desde aqueles que desejam reconstruir aquele Estado numa base 100% sustentável até os que desejam prosseguir com sandices sem noção, como demolir um muro de contenção para deixar Porto Alegre mais bonita (é sério...).

Deus que me livre dos "construtores de utopias" de plantão. Eles, sim, me dão (MUITO) medo.

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