Outro crime foi à demolição do Mercado da Praça Quinze, com seus prédios construídos em ferro fundido, uma verdadeira jóia arquitetônica. Na Europa os mercados de alimentos são tratados com relíquias. São modernizados sem perder o charme arquitetônico. Aliás, no Rio, fizeram isso com o prédio do Amarelinho, na Cinelândia.
Outro dia, pretenderam implodir o Maracanã, ao invés de revitalizá-lo e modernizá-lo como fizeram agora os alemães para a Copa do Mundo de 2006 e os espanhóis com os estádios do Real Madri e do Barcelona.
Não deixa de ser um assombro, realmente, que a História viva exposta nos centros das grandes cidades brasileiras seja, por assim dizer, abandonada em nome de um suposto progresso. No entanto, vale lembrar o seguinte: nem quando o governo exige eles são preservados como deveriam - e isso porque, infelizmente, não temos o gosto de preservar velharias, principalmente a classe média que compra duplex como se fosse loft, transformando um conceito (a adaptação de pontos comerciais para habitação) em um produto (uma nova maneira de vender o conjugado espaçoso, só que mais caro).
Para reformarmos os velhos Centros, deveríamos reformar nossa vida - mas quem precisa disso quando temos os shoppings à nossa disposição, substitutos das compras de rua que atiçavam nossa infância? Os nostálgicos estão cada vez mais sós ou é impressão de um recém-trintão esperançoso de dias melhores?
E que, diga se de passagem, gostaria de saber como ficaria São Paulo se não tivessem tirado o bonde ...
FPS, 06/09/2005, 15:59
(que nasceu na Maternidade São Paulo, às 10:35, exatos 30 anos atrás - mas isso é outra estória ...)
Um comentário:
Nossa história.
E nela, tantas histórias! Até de prédios e pedras elas se constituem.
Nós nos adaptamos á nossas histórias?
Elas acontecem e...zimpt! Nos vemos sem outra alternativa que nos adaptarmos.
beijos!
e olha: minha melhor fase de vida foi a dos trinta!!!!!!!
:)
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