7.11.05

Falando de TV, mas sem ser panfletário ...

Depois do tal beijo que não houve, por imposição da Globo (leia-se: das mães que venceram três vezes a batalha para não ensinarem coisa feia a seus filhos no horário nobre), passou meio que batido as estréias do Márcio Garcia e do Raul Gil na briga pela audiência do final de semana.
 
E essa briga promete: de um lado a Record, tentando mudar sua imagem de emissora popular para o de TV com estilo, que é na verdade cópia do esquema-Globo-de-trabalho sem o glamour e a história da mesma; a Band, por outro lado, está tentando achar uma maneira de sair do buraco em que se afundou vendendo horários para R. R. Soares e se comprometendo com Gilberto Barros até 2007 - e, convenhamos, nessas horas um peso-pesado popular como Raul Gil cai muito bem na verdade.
 
Pelo visto, os planos vão funcionar bem: 'O Melhor do Brasil', aos sábados, não compromete, e Márcio Garcia é extremamente clean, servindo como um ótimo cartão de visita que a emissora dos bispos pretende usar para dizer que mudou e que não é mais a das sessões de descarrego madrugada a fora; nesse caso a briga é por faturamento, e Luciano Huck também não é exemplo de carisma para o horário.
 
Já a Band precisa de uma injeção de patrocínios, dinheiro e carisma, e nisso o velho Raul é craque - o programa dele é a mesma coisa desde que eu era bebê, as estratégias são primárias para obter audiência (como uma menina de cabelos encaracolados se enrolando para dizer 'telespectadores' e adolescentes que poderiam ser seus filhos soltando lágrimas de felicidade por um disco de ouro pela metade), mas não é que o programa consegue chamar a atenção mesmo com a velha fórmula batida de sempre?
 
Ou será que é a velha fórmula batida de sempre que funciona? Com a palavra, Sua Majestade, o Público, que já não devia espantar ninguém mas sempre espanta !!!
 

 
P. S.: E se Ratinho estivesse nos velhos tempos, será que 'América' daria certo como deu?
 

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