20.1.06

Mudanças na dinâmica do jogo: a saída de Boninho para salvar o BBB6?

O Big Brother Brasil 6 está cada vez mais caindo na mesmice - um ''jogo de cumpadres'', onde o clima de colônia de férias vai aos poucos derrubando o IBOPE de um programa que sempre deu boa audiência, apesar das críticas da imprensa e do desdém dos pseudo-doutrinadores da nossa TV brasileira (''Quem financia a baixaria é contra a cidadania'' e outros).
Ironia das ironias, esse ''jogo sem jogar'' é em boa parte culpa da Globo, principalmente depois da humilhação exercida contra parte dos integrantes do BBB5 - e que foi injustificada por parte de uma emissora de TV que resolveu novelizar demais um programa que é, por si só, uma guerra psicológica; sem falar que, apesar de muitos de nós não acharem justa a estratégia da ''Tropa de Choque'' neste programa, é um fato que o Big Brother é um jogo, e que alianças são muitas vezes necessárias para se criar o espaço necessário para a vitória (é em todos os países, menos na terra brasilis, onde o que valia até agora era tornar cada panelinha um covil de vilões e retirá-los, um a um, do jogo em curso).
Entretanto, me parece que Boninho, o BigBoss e mentor do jogo como conhecemos, está partindo para uma estratégia quepode render bons frutos e evitar que o programa caia na mesmice - estamos falando nas mudanças a respeito dos elementos chave do programa, o líder e o anjo, que vem sendo consolidados desde a edição de número 4 do programa.
Para se entender melhor, até agora existiam três estratégias de combate em um BBB - ser o líder, o que garante ao mesmo tempo imunidade e indicação (chamaremos esta de estratégia ofensiva); ser o anjo, que possibilita salvar alguém do jogo (essa estratégia é, por definição, defensiva); e aliar-se a alguém para retirar outros do jogo (um tipo de estratégia cooperativa, que é ofensiva também e que se mostrou até agora a estratégia burra, porque possibilita à edição vilanizar a ''panelinha'' e criar os vilões necessários para que o jogo se torne uma novela moralista disfarçada de reality show).
Só que agora a coisa é um pouco diferente: Boninho está mexendo justamente nessa estrutura, ao colocar imunidades extras na semana passada e dividir a responsabilidade do anjo nesta semana entre dois participantes do jogo - e isso embanana as estratégias, tornando o jogo mais semelhante a um xadrez onde o tabuleiro se move e dá a este ou a aquele participante mais ou menos poderes do que ele pensava ter lá dentro (essa estratégia, aliás, parece ter sido pensada antecipadamente pela Globo para o BBB6, na medida em que já houve uma mudança com a imunidade garantida ao Iran na primeira rodada do jogo).
Funcionará? Acredito que sim - mas que precisava de gente boa para aproveitar essas mudanças, precisava; o grupo que está lá é muito fraco, não quer comprometimento e pode tornar esse BBB o mesmo problemão da Casa dos Artistas 2, onde as caras e bocas dos participantes afundaram a idéia antes mesmo que ela pudesse se tornar competitiva como o Big Brother Brasil.
Sem falar, é claro, que muita gente fala em bondade e adora os heróis mas, no fundo, no fundo, o que o povo gosta mesmo de ver é SANGUE ... dos vilões, de preferência, mas sangue ...

Um comentário:

Anônimo disse...

E eu gosto de ver é as boasudas. Pra mim, o BigBrother ideal seria um em que todos esses zé-ruelas fossem eliminados um atrás do outro pra sobrarem só as boasudas.

Dane-se prova de líder, dane-se prova de anjo, dane-se estratégia, o que eu quero ver no BBB é as boasudas.