29.8.09

Prosa, do tempo em que eu refletia sobre a vida ...

O carinho

 

            As vezes, quando sento na frente de um computador qualquer para escrever esses textos, ou mesmo quando uso papel e caneta para descrever o que me vem à cabeça, fico me perguntando o que falta muitas vezes nas pessoas para que elas possam ser um pouco mais felizes. E, dependendo da situação, me pergunto porque depois de um determinado evento, situação, encontro ou data, ficamos realmente felizes, alimentados de sentimentos bons e puros e preparados para enfrentar os problemas que sempre nos assolam, dia após dia.

 

            Dizem os livros - e a sabedoria popular assim o confessa - que "o homem deve viver em sociedade", e que, portanto, qualquer atividade que for feita em conjunto com outras pessoas ajuda, e muito, na formação de nossa auto-estima. No entanto, o mais importante que posso afirmar é que de nada vale o homem - incluindo-se também a mulher, nesse caso - ficar procurando o convívio dos outros se ele não recebe algo em troca que faça valer a pena todos os esforços necessários para que ele possa estar de bem consigo mesmo. Isso acontece pela necessidade que temos, em nossos corações, de um conjunto de atitudes simples, de fácil execução, mas que, graças à correria de nossos tempos modernos, foi sendo deixado de lado, e esquecido com o tempo.

 

            Estou falando do carinho, que consiste na demonstração dos sentimentos que se tem por outras pessoas. Apesar de muitos acharem desnecessário, o carinho é importantíssimo para as pessoas, como prova concreta de um sentimento maior. Se está difícil para entender, vou lhes dar um exemplo fácil de entender.

 

            Embora um pai goste de seu filho, se ele não demonstrar seu amor para com ele, usando de palavras doces, abraçando-o e beijando-o, dificilmente a criança - ou mesmo o adulto - conseguirá ter certeza de que o pai realmente o ama, ou que pelo menos gosta dele. Outro caso: os namorados, quando entram em fases de louca paixão, dificilmente deixam de se beijar e de se abraçar e de demonstrar, de todas as formas possíveis, o amor que sentem um pelo outro, e de ficar juntos, para poderem aproveitar melhor estes momentos; no entanto, quando o amor se acaba, começam as brigas, desavenças e eles ficam cada vez mais longe, e mais longe, até o dia em que ambos dizem: "Chega!".

 

            Mesmo que fosse adivinho, não conseguiria descrever, sozinho, todos os sentimentos que levam alguém a ter um carinho imenso por esta ou aquela pessoa. No entanto, se eu fosse dar um conselho a qualquer um, hoje, diria o seguinte:

 

            "Quando você sentir que alguém tem necessidade de ser lembrado, dê uma palavra de afeto, ou uma demonstração de carinho. Quando você sentir a necessidade de ser lembrado, demonstre seu carinho a alguém, de qualquer forma, pois você receberá mais do que imagina. Mesmo que você não sinta essa necessidade, faça um carinho, ou sirva como ombro amigo a alguém, porque, em todo o mundo, não existe ninguém que não necessite de afeto ou amor, e somente o carinho pode nos dar a certeza de que este alguém está do nosso lado, e gosta de nós." 

 

 

 

fps, 06/11/95

2 comentários:

Frank Toogood disse...

Parabéns! Você foi um dos sortead… digo, eleitos para minha lista de indicado no BLOGDAY 2009

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Amplexos

Aliz Lambiazzi disse...

Oi Fábio!

Falar sobre carinho é muito difícil, mas isso não quer dizer que não seja prazeroso. Mas eu acho mesmo que fica mais gostoso para quem lê, já que pensar nesses sentimentos que preenchem a gente de dentro pra fora causa uma certa confusão. Certas palavras lançam-se direto aos nossos anseios, e isso traz mais satisfação, um alento, como você fez agora com esse post. Por que será que demonstrar carinho está ficando cada vez mais difícil? Por que será que certos sentimentalismos tornaram-se motivo de vergonha, pieguice? Eu sou muito piegas e adoro ser assim, pelo menos não me privo de carinhar aqueles que amo com sinceridade, e não me custa nada, pelo contrário, é um grande prazer. E isso é tão maravilhoso, gera um movimento tão automático que, em compensação, nunca fico órfã desse combustível que torna a vida mais justa.

Parabéns pelo texto.
Beijos