14.11.09

11 de novembro, final da 1ª Guerra Mundial

NOS CAMPOS DE FLANDERS

Nos campos de Flanders,
surgem as papoulas;

entre as cruzes crescem,

fila a fila, aparecem,



Marcando, no céu,

o nosso lugar;



enquanto as cotovias,

bravamente,

cantam a voar.



Pouco se ouve agora;

só as armas, aliás;



de nós, agora mortos;

que alguns dias atrás,



Vivíamos,



e a brisa da manhã sentíamos,

sob o sol,

amamos,

e fomos amados.



Mas agora, nos encontramos

nos campos de Flanders.



Pois há uma disputa,

e um inimigo.



E nossa tocha,

a deixamos contigo

para que sempre o ilumine.



Pois se a fé, que tens,

a perderes,

não dormiremos,



apesar de crescerem papoulas

nos campos de Flanders.



fps, inspirado pelo célebre poema "In Flanders Fields"

14/11/2009, 12:55





In Flanders fields




In Flanders fields the poppies blow

Between the crosses, row on row,

That mark our place; and in the sky

The larks, still bravely singing, fly

Scarce heard amid the guns below.


We are the dead. Short days ago

We lived, felt dawn, saw sunset glow,

Loved, and were loved, and now we lie

In Flanders fields.


Take up our quarrel with the foe:

To you from failing hands we throw

The torch; be yours to hold it high.

If ye break faith with us who die

We shall not sleep, though poppies grow

In Flanders fields.



 — Lt.-Col. John McCrae (1872 - 1918)

4 comentários:

Sandra disse...

Sempre há uma esperança, na guerra, na escuridão. Há sempre uma chance de vivermos e só podemos acreditar nisto se acreditarmos que as flores sempre renascerão nos corações dos homens apaixonados pelo viver.
abs

everaldo disse...

Curtindo o papo dessa turma no boteco e agora me esbaldando com poesia no trashetc...Muito legal...No final de tudo sempre brotará uma flor, mesmo que seja no asfalto...
Um abraço do Sampaio direto da casa do Vevé...

Unknown disse...

Sobre o comentário anterior...Socorro!!, Eva Cidreira, não. Viu no que dá usar o computador dos outros?

Um abraço do Sampaio

Aliz de Castro Lambiazzi **jornALIZta** disse...

Fábio, tudo bem?

Seu blog é tão misterioso quanto você.
Sua defesa pelo uso da liberdade com qualidade me chama muito a atenção. Também me cativa a fé que transcende de suas palavras. Só contesto, com todo respeito, um ponto crucial para mim: a busca por Deus.

Muitas pessoas que buscam Deus nas igrejas não acreditam de fato nele, senão não precisariam sair de suas casas para encontrá-lo. Muita gente que povoa as igrejas segue um conceito moldado, não uma fé genuina. Acho que essa liberdaqde de que, graças aos Céus, gozamos aqui, poderia ser usada sim em nome de Deus, mas por uma fé verdadeira, e não fabricada.

Somos livres para acreditar em Deus de verdade e para levá-lo a todos os lugares. Ele vive em nós, e somos nós que o levamos para a igreja, não o contrário. Acho que é a fé verdadeira, como essa que eu vejo em você, que deveria ser propagada na liberdade, já que quanto mais livres somos, mais riscos nos impomos. Mas a verdade é que, antes de lugares, templos e livros, temos apenas que acreditar, de verdade.

Gosto do seu texto. E da sua essência.

Beijos