11.2.10

Poesia





Reflexões botequeiras

Enquanto um riso houver
o samba não vai parar.

E o boteco jamais vai fechar.

...

Botecos
são parte da vida;
tem alguém sempre entrando,
e outro saindo.

E, num boteco de esquina,
as coisas rolam, e andam, assim:

Tem o fulano,
que passa apressado,
e, de um gole só,
pede só um café.

Tem o beltrano,
que chega ao fim do dia,
e a pinga sadia
toma devagar.

E tem o pessoal
do horário do almoço;
das firmas, escolas,

que chega e que para,
e que pede o cardápio,
para comer bem.

E como, num boteco,
se come bem:
comercial, bife, picadinho ...

Humm ...

E tem os de sempre,
que a mesma hora chegam,
e pedem o de sempre:

o garoto, um picolé;
o boy quer um burgão;
e até um gaiato
quer um canapé ...

"Mas que canapé?
Aqui, num tem não".

E ao fim da noite
a dona da casa
fecha o expediente.

A não ser na sexta,
dia de festança;
sábados, talvez, um "chorinho".

E domingo, paramos,
que botecos dependem
de quem passa por eles.

Para depois começar,
na mesma labuta,

pois enquanto um riso houver,
o samba não vai parar,
o papo vai continuar,

e esse Boteco jamais fechará.

fps, 27/01/10, 10:45

Um comentário:

Aliz de Castro Lambiazzi **jornALIZta** disse...

Ah... esse é o meu predileto né...rs.