Galvão Bueno é um chato, fato.
Mas, convenhamos, não é só Galvão que é chato.
Chato é o indivíduo que faz macumba para ganhar a Copa para o Brasil.
Chato, também, é o supersticioso, que acredita que o Brasil será hexa se ele vestir a mesma cueca nos sete jogos, ou que, quando ele sair para tomar água, terá desencadeado a conjunção astral que fará a Seleção marcar um gol.
Chato, também – aliás, chatíssimo – é quem se mete na patriotada de dizer que “não vale criticar a Seleção”, mesmo diante de qualquer um que ousa dizer que o Brasil está jogando mal, ou que tem a coragem de dizer que o outro time está melhor que o nosso.
Porque "estão secando o time dele", diz o chato.
Chatíssimo, chatérrimo, superchato, ainda, é quando a Seleção perde um jogo e arranjam “ene” culpados depois da derrota, justificando, talvez, o fato de que o time de coração de uma pátria não tenha rendido o que nós gostaríamos, que aquilo que estamos vendo é apenas um jogo, e que o nosso time também pode ser vencido.
Embora, na Copa do Mundo, ser vencido num jogo pode ser o fim.
…
Galvão é chato; mas tem muita gente que também é assim, “pacheca”, fanática, patriota de quatro em quatro anos que não conhece o amor pelo país em que nasceu a não ser quando o “onze” canarinho entra em campo.
Talvez isso explique porque ele ganha muito dinheiro na Globo justamente para ser o vendedor de emoções baratas que a Globo precisa para garantir o lucro de seu negócio.
Negócio sustentado justamente pelo torcedor-porre, maioria da população.
E que vira de quatro em quatro anos o símbolo do país atrasado que deveria “estudar um pouco”, para “ter conhecimento”.
E passar o tempo todo no twitter gritando para a Internet “CALA BOCA GALVAO”.
…
P. S.: Com as restrições à imprensa e ao público Dunga conseguiu o apoio da imprensa ética e dos especialistas conseguiu, enfim, uma Seleção sem o oba-oba que caracterizava o contato desta com a mídia.
Mas é impressão minha ou o preço a pagar por essa Copa “racional” foi a mais fria recepção de uma Seleção brasileira desde que me conheço por gente, hein?
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