Quem deve estar dando muita risada dessa estória de churrasco da #gentediferenciada é o pessoal da Associação Viva Pacaembu que estava "ganhando" uma estação de metrô para servir à FAAP enquanto o metro quadrado mais caro de Sampa ficava isolado, mantendo o valor de mercado correspondente ao isolamento social existente desde o início daquela região.
Estava tudo bem, não fosse por um detalhe: nossa mídia adora um modelo europeu de cidade, e em Paris, cidade onde socialite anda de transporte público, tem metrô em bairro chique e bairro pobre (ainda que o metrô da Cidade-Luz, para os paulistanos, seja uma verdadeira porcaria).
O resultado?
Divulgaram o "absurdo" de uma estação fora do bairro "de burgueses", chamando a atenção da esquerda festiva - que nem é mais tão esquerda assim – e que fez o auê típico de quem anda em metrô no Exterior mas que adoraria mesmo um conjunto de avenidas largas, tipo Los Angeles, para nem perceber o mendigo que se arrasta nas ruas da grande cidade.
Em todo caso, o jogo até agora está assim: Higienópolis vai ter o metrô no meio do bairro, perde um pouco do sossego, e o Pacaembu não vai perder valor de mercado sozinho; e ainda por cima, os higienistas levam a fama de bairro segregado e de gente preconceituosa.
O que, no final das contas, serve como uma verruga no rosto de princesa da tal #gentediferenciada – se é que essa gente se importa com isso …
Nenhum comentário:
Postar um comentário