10.6.11

Poesia

Sobre a capacidade de pensar assim

 

Caríssima,

em devaneios novos admiro

a grandiosa capacidade de ser

escritor.

 

Em devaneios novos me assombro

quando vejo aquilo que sinto

passar para o papel,

e tornar-se vivo e pulsante,

como os dias que se passam,

firmes, flamejantes,

como a luz de um novo sol

que irradia a luz da vida,

que nos faz sentirmos-bem.

 

Caríssima,

novas fontes admiro,

em novos tempos me espanto,

em novas vidas eu espero,

penso em tudo, num suspiro,

espero a vida, com o tempo,

dar-me um pouco de sossego,

consumir-me por completo,

trazer-me um pouco de vontade,

de virtude, de saudade,

completando o que é incerto,

traduzindo o que é sincero,

compreendendo o que é a paz.

 

Caríssima,

em devaneios novos anuncio

a verdade de um novo ser.

 

Pois caríssima,

novos devaneios virão para mim.

 

Novos desafios virão assim.

 

E, enquanto eles vem,

em devaneios novos anuncio

a nova vida que tenho em mim.

 

fps, 30/04/96

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