31.3.16

Impeachment: o povo não está nem aí ...

Luis Nassif, com a megalomania característica de quem está trabalhando constantemente com teorias da conspiração, fala agora que realmente "Não vai ter golpe". Ignora a célebre frase de que a política é como as nuvens, que ora estão de um jeito, ora de outro - e que movimentos como o MTST representam, na vida real, absolutamente nada (pois mesmo o mais esquerdista do cidadão comum ainda pensa que sem-teto e sem-terra são baderneiros sem ocupação nenhuma).

Sejamos absolutamente francos: Dilma Rousseff pode ter até legitimidade plena para governar, e não vai largar o osso que conquistou com tamanha dificuldade, mas não tem vontade nenhuma de elaborar um plano de ação para tirar o país da draga em que se encontra. Aliás, não é porque a presidente não sabe - é porque ela não QUER, mesmo, deixar de seguir as teses desenvolvimentistas em um nível mais irresponsável do que os planos do governo Sarney.

Serão meses difíceis, duros, de idas e vindas - e que refletirão os traumas de um país que deixou de adotar o parlamentarismo em 1988 para confiar no messias da vez, na ilusão de que poderia "tirá-lo" facilmente (impeachment, repetimos, NÃO É voto de desconfiança). A "chefona", contudo, se engana ao pensar que o povo a apoia de forma integral - como PSOL e etc. supõem.

Textos como esse, que dizem o que o DataPopular apurou sobre a atual crise, mostram:
  • que o povo não está indo às manifestações porque estas "são coisa de rico" (ou porque tem mais o que fazer do que ficar falando, ou escrevendo, sobre "impitiman");
  • MAS que apesar disso o cidadão comum quer tirar Dilma do poder, porque ela é incompetente.
Repetindo: o "povão" reprova Dilma por sua incompetência. Se alguém passar dizendo que fará um governo melhor do que ela, receberá o apoio da galera. Mesmo assim, o pobre não sairá de casa para apoiar os "almofadinhas" da FIESP ou os "vagabundos" da extrema-esquerda.

Custa caro tirar quase R$ 8,00 do bolso para ir de "busão" ao protesto. No domingo, único dia de descanso. Fora o lanche - se não levar "marmitinha".

Para quem ganha salário-mínimo, é muito. Não compensa.

Até porque eles, o povo, estão cansados de saber que, na hora da dificuldade, quem sofre mesmo é o pobre - aquele que todo mundo diz que conhece, mas que nunca entendeu de verdade.

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