16.11.05

A situação na França, vista pelos olhos da dureza

Suponhamos que eu vá para um país diferente, porque senão eu morro de fome onde eu estou, e, mesmo sendo tratado como lixo, eu vá conseguindo um lugarzinho aqui, outro ali.
 
E, sabe como é, seguro-desemprego, um quartinho apertado: e vou levando a vida, porque melhor é alguma coisa que nada.
 
Aí eu conheço alguém, e tenho um filho.
 
E meu filho não tem ligação com meu antigo país, mas não é reconhecido como alguém em sua pátria.
 
Talvez nem saiba a língua de seus pais, mas se procurar emprego é tratado como o mesmo lixo que os pais eram, ou se acostumaram a ser.
 
Meu filho não se conforma, tem o mesmo salariozinho mixuruca mas quer mais - ele quer respeito, dignidade, coisa que não lhe dão porque não querem, ou porque acham que ele é uma caca humana sem valor.
 
E as más companhias fazem o resto - dizem que ele precisa ter atitude, e ele tem, da pior maneira possível.
 
Queima carros, casas, participa de atividades terroristas ... e vira refém de si mesmo.
 
Deportado, será um idiota na terra de seus pais que nunca foi sua; preso, acabará com sua vida de uma vez.
 

 
Isso é a França de hoje; e é nessa hora que dá orgulho de ser brasileiro; porque felizmente não chegamos a fazer com nossos imigrantes o que a Europa faz com os dela.
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Lendo seu post "352 visitas até hoje" resolvi postar algo para lhe dizer que te dou o maior apoio....Parabéns pelo Blog mano! que o Senhor continue a te dar Graça!