27.4.10

Poesia

Num jogo de futebol

Apito.

Bola e pé.

Bola.

Pé.

Bola, bola, bola,
pé ante pé,
bola.

Bola que rola.

Bola no pé.

Bola, bola rola,
bola no pé.

Bola ao vento,
rápido tempo,
bola no pé,
chuta a bola,
deita e rola,
rola na mão.

Da mão para o pé.

Do pé para a frente,
na frente num riso,
num doce aviso
que vem por aí.

Pé, ante pé,
a bola vai.

Chutam ...

a bola ?

Não, chutam o pé.

Um cartão se vê no ar.

Continua o jogo.

Bola no canto,
rola a bola,
bola p´rum lado,
bola p´ro outro,
bola rasteira,
bola rápida,
bola bola,
bola a mais,
bola correndo,
bola e mais bola,
bola,
bola,
bola,
bola que chuta,
chuta a bola !
chuta p´ro gol,
chuta,
gol,
gol,


Gol ...



Goooooooooooooooooooooooool !!!!



fps, 05/02/96, 10:30

17.4.10

Rápido, antes que eu vomite!!!

Esse texto, sobre a estúpida entrevista de Leônidas Pires Gonçalves à GloboNews, vale cada letra do que foi escrito, tamanha a nojeira que se estabeleceu no julgamento anti-ditadura.

E, para quem não entendeu e não puder conectar-se ao link nem entender o horror chamado golpe de 64: se sua filha fosse estuprada violentamente, e te oferecessem R$ 5000,00 por mês durante o resto da vida para ficar quieto e deixar o pedaço de excremento livre, o que você faria?

15.4.10

Para pensar

"A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para o pôr fora da porta."

13.4.10

Para refletir

Deus

Eu me lembro! Eu me lembro! - Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia,
E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
A branca espuma para o céu sereno.

E eu disse a minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver de maior do que o oceano
Ou que seja mais forte do que o vento?"

Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: - Um ser que nós não vemos,

É maior do que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.

Casemiro de Abreu

11.4.10

Mexidão dominical

Manhã de domingo, preparação para o almoço, música de fundo e inquietações gerais sobre diversos assuntos durante a semana, que renderiam posts isoladamente mas que perderam o tempo de cozimento, ou de elaboração requintada.

Logo, o que fazer?

Juntar tudo numa mesma panela, cozinhar em fogo médio e soltar o que em Minas se chama de “mexido” – o que nesse blog significa falar um pouco de tudo, rápido e rasteiro, e misturar os sabores da vida, todos na mesma panela.

Como é, aliás, o gostoso mexidão de arroz, feijão e ovo, que a musa tanto gosta.

Niterói.

Tragédia. Sofrimento. Solidariedade.

Mas também falta de bom senso: dos governos, em dizer que está tudo bem quando não está, e das oposições, em questionar porque dinheiro que não foi pedido para as enchentes antes não chegou.

E, mais ainda, falta de bom senso das emissoras de TV, que mostram exemplos dos extremos de limpeza para o lixo brasileiro - Tóquio e Estocolmo, principalmente.

Esquecendo-se de que lá existe respeito pelo ser humano e ousadia para quebrar tudo e refazer o que está defasado ou fora de padrões de segurança e meio ambiente.

Coisa que exige engenharia, inovação … e DINHEIRO.

Aliás, dê-me dinheiro e eu faço o mundo ficar bem melhor – acredite.

Serra e Dilma lançaram o bloco na rua ontem, e deram o tom do que será o segundo semestre de 2010 na política brasileira.

Ele, falando num um país que “pode mais” e explorando os valores da classe média a fundo enquanto deixa os assessores baterem abaixo da cintura.

Ela, explorando a ligação com os movimentos sociais e escondendo-se atrás do governo mais vitorioso da Nova República para dizer que não fugirá da raia.

E o Brasil dos politizados bate bumbo – esperando a hora da batalha.

No meio do tiroteio, Marina e Ciro esperando a oportunidade para tentar um milagre, nesse bipartidarismo de esquerda que se desenha para o futuro brasileiro.

E que sempre será decidido pelo centro pragmático.

O que quer resultados.

Não importa como.

Legendários, na Record: muito auê, um riso ou outro, alguns constrangimentos, muitas dúvidas sobre os quadros.

E uma certeza: o que está na MTV deveria ficar sempre na MTV.

E com esses detalhes vou encerrando o meu mexidão - agradeço à todas as pessoas que acessam esse blog, semanalmente, diariamente ou ocasionalmente.

Ou mesmo procurando por coisas bizarras, como o plural de toner, ou reclamações de uma mãe sobre conteúdo ensinado na escola, ou sobre o auxílio-reclusão.

Mas devo lembrar-lhes que todo blogueiro tem um fetiche, ou um complexo.

Feedback.

Todo blogueiro adora ouvir os comentários, saber se está agradando, ou pelo menos que lhe digam “olá, tudo bem, como vai a família?”.

Por isso, o aviso aos navegantes desse mexidão: comentem, seja pelo link abaixo ou pelo formspring - que fica aqui ao lado, e que serve, justamente, para que se pergunte, sobre qualquer assunto que lhe vêm à cabeça.

Que é, aliás, o motivo pelo qual o autor criou esse blog.

E que só existe, bem lá no fundo, por causa de quem o lê.

4.4.10

Para os apaixonados, uma singela poesia …

 
amo_voce
Brincadeira de amor

Te amo.

Amo-te.

Amo tu.

I love you.

Eu te amo.
 

Amo você.
 

amovoce
Amo ocê.

Amo oxê.

Amocê.

Amochê.

Amo.

Te amo.
 
 
 

TeamotantoquepoderiaatéGRITARdeamorporvocê ...


fps, 24/03, 15:20


Os jogadores do Santos e a “religião geral”

Falaram um monte de coisas a respeito das atitudes dos jogadores do Santos no lar financiado pelos espíritas: muitas condenando a atitude, outras discutindo o que de fato aconteceu e outras falando do contexto religioso, que foi a justificativa de muitos para não descer do ônibus e conversar com as crianças com paralisia cerebral.

Não vou entrar no mérito das atitudes estúpidas da presidência do Santos, disposta a fazer marketing com assuntos que são seríssimos, nem dizer que os jogadores agiram com ou sem profissionalismo, já que estes deveriam de fato ter sido avisados antes do que iria acontecer e evitar ir a locais onde não se sentissem bem.

Entretanto, uma pergunta vem à cabeça desse cidadão que vos escreve: porque é tão fácil criticar a posição religiosa dos outros quando as pessoas não fazem o que se espera delas para dar testemunho de sua fé?

Sendo mais específico: porque é tão fácil aceitar diferenças de raça ou sexo ou opção sexual e tão complicado aceitá-las quando princípios religiosos estão em jogo?

Parece que no Brasil temos um problema sério quando o assunto é ser de determinada religião: há uma espécie de “igreja tudo de bom” que impede as pessoas de exercer sua fé quando ela vai contra os princípios gerais de convívio em sociedade.

Tipo assim, se tal coisa vai contra seus pensamentos e isso significa entrar em conflito com a opinião vigente na sociedade, ninguém pensa que diversidade também significa respeito às opiniões dos outros – crucifica-se quem não respeita a “fé do bem”, como se princípios de fé pudessem ser jogados no lixo, e como se o respeito aos outros também não passasse pelo que eles pensam, tanto quanto pelo que eles são.

Essa espécie de “religião geral” diz, entre outras coisas, que Cristo era um homem cujo maior legado para o mundo foi pregar o amor; chama qualquer atitude católica de devoção e despreza o calvinismo por professar o gosto pelo lucro (advindo, lembremos, do trabalho duro); mas, principalmente, prega o caminho de um deus pessoal que apenas pede que todos sejamos “do bem” para sermos felizes aqui.

Esquece-se, contudo, de que o objetivo do homem não deve ser apenas ser feliz nesse plano existencial – e, mais ainda, esquece-se de que as pessoas tem opiniões que podem entrar, sim, em choque com esse mundo pasteurizado em que vivemos.

E do qual, aliás, muitos não querem fazer parte.

Que os jogadores dos Santos e sua diretoria cometeram erros primários de comunicação, isso é verdade; que os evangélicos também precisavam aprender a ajudar mais aos próximos, o que é um erro gravíssimo do protestantismo brasileiro (olhar mais para dentro das Igrejas do que para fora delas), também é verdade.

Mas isso não significa que precisemos considerar errada a religião de alguém por causa disso; afinal de contas, o que você chama desrespeito outros chamam de testemunho.

Ou, traduzindo, uma coisa que falta muito nos dias de hoje: coerência.

P. S.: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16)