26.5.12

Poesia – para quem, não sei …

 

Lembrança fiel

 

Princesa,

quero que saiba

que não te esqueci.

 

As lutas dessa vida

é que me fizeram passar ao lado

dos sentimentos mais puros,

que somente pude guardar

dentro do melhor lugar

em que posso colocar as palavras

que tenho p´ra ti.

 

Dentro dessa armadura, princesa,

bate um coração forte.

 

Um coração

que já se acostumou às guerrilhas,

às emboscadas,

e às armadilhas que essa vida nos prega.

 

No entanto, princesa,

quero que saiba que não te esqueci.

 

Pois, princesa,

é impossível não esquecer teus olhos,

que me olham tão fundo

nessa imensidão.

 

Isso porque tu estás sempre comigo, princesa.

 

Sempre.

 

 

 

 

Princesa,

quero que saibas que não te esqueci.

 

Pois dentro do meu peito,

meu coração ainda se lembra

dos bons tempos em que estive contigo.

 

E dos bons tempos que espero ainda passar.

 

O que é certo

é que não te esqueci.

 

E meu coração me diz

que não quero te esquecer,

e sim sempre me lembrar de ti,

 

 

minha doce princesa de lábios de mel.

 

 

 fps, 21/05/1996

21.5.12

Poesia: A criança e o adulto que estão em mim

 

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Criança.

Fase de gu-gu.

Fase de dá-dá.

Fase de sei lá.

Fase de “vem cá”.

Fase de “querido”.

Fase de “meu filho”.

Fase de “meu bem”.

Fase de “bonito”.

Fase de “meu velho”.

Fase do que vem.

Sou criança, sim,
como tantos outros são.

Tenho sido velho,
tempos sim, outros não.

Tenho já vivido
muito mais do que já vi.

Com rosto sofrido,
já fiz tudo por aqui.

Peito destruído,
pela falta do meu ser.

Nada desmentido,
só me faltava você.

Sinto mais que tudo
pela perda do que vi.

Mais ainda,
toda vida que perdi.

Pois, juro, não sei
o que fazer dentro em mim.

Sinto, todavia,
que senti.

Demais.

 

 

Parece engraçado,
mas sinto mais forte tudo isso hoje
do que há anos atrás,
quando era menino.

Talvez, porque a criança
virou um rapaz,
que quer muito mais
do que simples paixão.

Quer compreensão.

Quer exatidão.

Quer, simplesmente ...

 


Quer que o amem, enfim.

fps, 21/05/2012
(adaptado de antiga poesia)

10.5.12

Poesia

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o braço, o ombro,
não impedem
que se pense.

a dor já está passando.

catar milho é bom,
para a saúde da alma, faz bem.

a parada? efêmera.

e a liberdade, eterna.

fps, 10/05/12, 15:00