O mundo animal
Existe uma variada gama de animais que os zoólogos sempre procuram estudar, ávidos de informações sobre seu comportamento, reprodução, alimentação e hábitos de organização. Se agem em bandos ou sozinhos, se caçam, pescam ou comem frutos, se tem pelos ou penas, e por aí vai, demonstrando que o homem adora conhecer os bichos, e entender porque agem assim, ou como.
Embora não seja zoólogo e o máximo que eu conheço de animais é chegar perto do cachorro do vizinho ou da gata da secretária, devo dizer que certos animais me fascinam muito, principalmente no campo dos répteis e anfíbios, que são, na minha humilde opinião, animais desprezados pela maioria das pessoas mas capazes de proezas fascinantes, e de métodos de organização e trabalho exuberantes, dependendo da forma como pensam e sentem o que está ao seu redor. Vejamos, agora, alguns destes injustiçados animais que a natureza humana renegou a um segundo plano, mas que valem muito para o equilíbrio de nossa natureza.
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Cobra: um animal de hábitos noturnos e solitários, tem seu maior poder nas presas, que destilam veneno mortal, capaz de matar em minutos. É capaz de ficar horas esperando sua presa, mas dá um bote rápido e destruidor, que garante seu sustento por muitos dias, e satisfaz suas condições até a chegada de outro infeliz que caia em suas garras, digo, bocas. Quando não tem veneno, mata por estrangulamento - caso da conhecida sucuri; no entanto, tem que arrastar-se para chegar ao seu objetivo, e não é imune à obstáculos naturais, muito pelo contrário, pois não tem pernas para ultrapassá-los.
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Mangusto: animal ignóbil, um pouco menor que a cobra, se arrasta igualmente a procura de sua presa, não tendo forças suficientes para passar das primeiras barreiras em seu caminho. Tem, no entanto, uma característica interessante: é imune ao veneno das cobras, que se tornaram seu principal alimento ao redor dos tempos. No entanto, falta-lhes, muitas vezes, a característica de força que suas companheiras tem, condenando-os a ser relegados a um modesto segundo plano.
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Lagarto: caracterizado pela lentidão, é o único dos animais relacionados que possui facilidade para transpor obstáculos, graças à sua força física e às suas pernas, que são semelhantes às do companheiro jacaré, mas maiores e mais fortes. Ataca, geralmente, com força, podendo destruir até mesmo seres humanos, muito maiores do que ele. Tem contra si o fato de estar relacionado à péssima inteligência, não sendo muito adequado para algo mais do que o uso da sua enorme energia.
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Camaleão: animal que tem a grande característica de mudar de cor para enganar o inimigo, costuma alimentar-se de pequenos insetos, o que demonstra sua falta de força para algo mais do que isso. É, no entanto, difícil de pegar-se, pelos seus conhecimentos de camuflagem e por sua pequena estatura. Considero-o interessante, em um posterior estudo, mas não mais do que isso.
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Tartaruga: animal que impressiona pela sua carapuça forte, e também por sua lentidão ao locomover-se. No entanto, é decidido em seu ritmo, e consegue as coisas pela persistência e determinação com que alcança seus objetivos, apesar de poucos. Fascinante - para quem gosta ...
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Sapo: ataca quando menos se espera, e possui veneno cegante - no caso das suas co-irmãs pererecas - e salta com agilidade. No entanto, é frágil tecnicamente quando atacado pelas cobras e lagartos que pulam em seu dia-a-dia, podendo ser abatido facilmente por um deles - quando o querem, é claro.
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Crocodilo: extremamente forte, embora não tão ágil, e temido por todos os outros, graças à sua enorme carapaça. Tem, no entanto, um problema: olhos muito sensíveis à luz, o que torna extremamente fácil sua captura e destruição - bolsas e malas que o digam, nas lojas chiques de Paris ...
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Todos esses animais tem características e forças especiais: agilidade, veneno, força física, proteção, imunidade. Também tem seus defeitos: fragilidade, fadigas, fraquezas que só podem ser vistas depois de muito tempo. Todos são fortes, mas também são fracos. Para vencer em sua vida, usam de muitos expedientes, e para escapar do inimigo, também. Aliar suas forças e minimizar suas fraquezas é muito mais do que um caminho para o sucesso: é uma necessidade para eles, de vida e sobrevivência, para crescer ou escapar da morte, e para vencer.
O mundo animal pode nos ensinar ainda muito mais; basta que observemos e sintamos tudo isso, como animais que somos.
Sendo racionais ... ou não.
(em 11/11/1995, sob o pseudônimo de Omar O. Sirep)
Um comentário:
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