30.1.07
Poesia
21.1.07
Poesia
6.1.07
Texto em prosa, beeeeeeeeeem antigo ...
A teoria dos 50 minutos
Trabalhamos, em média, 8 horas por dia, o que significa que temos, em média e sem contar as horas-extras, 480 minutos para fazer aquilo pelo qual somos pagos, ou seja, trabalhar. Mas você já notou que, dos 480 minutos que você tem no trabalho, você perde...
· 60 minutos almoçando ?
· 30 minutos lendo o jornal do dia ?
· 30 minutos conversando com os colegas ?
· 60 minutos em conversas com a chefia ?
· 30 minutos decidindo o que fazer durante o dia ?
· 60 minutos ouvindo o povo reclamar ?
· 10 minutos comendo qualquer coisa ?
· 60 minutos não fazendo muita coisa ?
· 30 minutos não fazendo quase nada ?
· 10 minutos sem nada p´ra fazer ?
· 20 minutos com problemas pessoais ?
· 30 minutos bocejando sem parar ?
Isso significa que o tempo que nos resta no serviço para fazer o que deveríamos estar acostumados (ou seja, trabalhar) fica em míseros 50 minutos. Portanto, tente aproveitá-los o máximo possível para que esses minutos sejam os mais produtivos de todo o dia - e justificando os outros 410 em que você, por um motivo ou por outro, não pode trabalhar.
Omar O. Sirep
P.S.: Isso é apenas uma brincadeira ...
FPS, em 30/08/96 (vai tempo ...)
13.12.06
Prosa
10.12.06
Enfim, morreu o safado ...

um homem te dá um milhão de dólares ao ano
para espancar seus filhos,
estuprar suas filhas,
roubar sua vida e sua honra.
Vinte anos depois,
você está vinte milhões de dólares mais rico,
e muitas vezes mais desonrado;
suas filhas, prostituídas,
seus filhos, revoltados,
e, você,
não sabe o que fazer com o dinheiro.
O homem que estuprou o Chile por mais de 20 anos
enfim encontrou seu final.
Não morreu empalado, como deveria ter sido,
mas enfim terminou.
Que o Inferno lhe seja breve.
Quem sabe o demo aceita minha sugestão,
e o condena a uma eterna pena de empalação.
Ah, como seria bom ...
FPS, 10/12/2006, 16:47
(em memória das vítimas do massacre do Estádio Nacional)
2.12.06
Poesia
15.11.06
Poesia - para não ficarmos às moscas ...
Num psiquiatra
Doutor, eu não sei o que faço
p´ra me consolar
Doutor, eu não sei o que faço
p´ra me acalmar
Doutor, eu não sei o que faço
para viver bem
Doutor, eu não sei o que quero,
doutor, eu não sei.
Doutor, eu só vivo cansado
de ouvir encheção
Doutor, eu não sei o que faço,
não sei não, doutor
Doutor, eu não chego em casa,
me arrasto, doutor
Doutor, eu não saio de casa,
me acordam, doutor
Doutor, eu não saio do quarto,
não quero, doutor
Doutor, eu não vivo na rua,
não me sinto bem
Doutor, eu não vivo lá fora,
não sou mais ninguém
Doutor, eu não quero brigar,
tenho medo, doutor
Doutor, eu não quero sentir,
sinto pena, doutor
Doutor, eu não quero falar,
quero mais descansar,
quero ter algo mais,
quero um pouco de paz,
eu não quero encheção,
não quero sofrimento,
eu não quero cansaço,
eu não quero mais nada,
eu só quero alegria,
eu só quero uma vida
tranquila, doutor.
E no fundo, doutor, eu só queria que me entendessem um pouco ...
FPS, 31/01/1996, 23:4
25.10.06
Em tempos de política, uma propaganda inusitada ...
23.10.06
Poesia - bem antiga, por sinal ...
12.10.06
Prêmio Darwin
Segue a lista dos 9 gloriosos ganhadores do Prêmio Darwin, que têm a
finalidade de homenagear os MENOS EVOLUÍDOS representantes da raça
humana.
1º colocado:
Quando o seu revolver calibre 38 falhou, durante uma tentativa de
assalto, o
assaltante James Elliot, de Long Beach, Califórnia, cometeu um pequeno
erro.
Virou a arma para ver se no cano tinha algo impedindo a arma de
funcionar e
experimentou apertar de novo o gatilho... Desta vez a arma funcionou.
2º colocado:
O chefe de um hotel na Suíça perdeu um dedo no moedor de carnes e entrou
com
um pedido de ressarcimento na sua seguradora. Esta, desconfiando de uma
possível negligência no uso do aparelho, enviou um inspetor que testou
o
moedor: fez exatamente a mesma operação e perdeu um dedo, ele também. O
pedido de ressarcimento foi então aprovado.
3º colocado:
Um homem ficou retirando neve da rua com uma pá por mais de uma hora,
durante uma tempestade de neve em Chicago, para poder estacionar o seu
carro. Terminado o trabalho, foi buscar o carro e ao voltar ao lugar
que
tinha preparado com tanto esforço, encontrou uma senhora que tinha
acabado
de estacionar, com a maior naturalidade, no espaço que ele liberara.
Explicou à polícia: Como poderia deixar de dar dois tiros de fuzil na
mulher?
4º colocado:
Depois de ter parado para tomar todas num bar clandestino, o motorista
de um
ônibus no Zimbabwe percebeu que os 20 doentes mentais que deveria levar
para
um asilo em Bulawayo, fugiram. Tentando esconder sua negligência, foi
até
uma parada de ônibus e ofereceu transporte de graça para as pessoas que
estavam esperando no ponto. A seguir, foi até o asilo e entregou os
passageiros, dizendo que eram muito perigosos e inventavam histórias
incríveis para tentar fugir. O engano só foi descoberto vários dias
depois.
5º colocado:
Um adolescente americano foi internado num hospital com graves
ferimentos na
cabeça, provocados pelo choque com um trem. Questionado sobre como
tinha
acontecido o acidente, ele explicou para a polícia que estava
simplesmente
tentando descobrir quanto exatamente podia chegar perto do trem em
movimento
antes de ser atingido.
6º colocado:
Um homem entrou num mercado na Louisiana, colocou uma nota de 20 dólares
no
balcão e pediu para trocar. Quando o balconista abriu a gaveta, o homem
mostrou uma arma e mandou que lhe entregasse todo o dinheiro na gaveta.
Depois fugiu, mas na pressa esqueceu a nota de 20 no balcão. O total
que
havia na gaveta e que o homem levou era 15 dólares.
7º colocado:
Um homem no Arkansas estava tão afobado para tomar uma cerveja, que
resolveu
jogar um tijolo contra a vitrine de uma loja, para roubar algumas
garrafas e
fugir. Apanhou um tijolo e o jogou com todas suas forças contra a
vitrine. O
tijolo bateu e voltou, acertando exatamente a testa dele, que ficou
desmaiado no chão até a polícia chegar. A vitrine era de plexiglass
inquebrável e a cena foi filmada pela câmera de segurança da loja.
8º colocado:
Na crônica local do jornal da cidade de Ypsilanti, Michigan, apareceu a
noticia de um assaltante que entrou no "Burger King" da cidade às 5
horas da
manhã, apontou uma arma para o caixa, e ordenou que lhe entregasse o
dinheiro. O atendente explicou que devido a uma trava letrônica, não
poderia
abrir o caixa sem um pedido. O homem então pediu cebolas fritas e o
atendente retrucou que, pelo sistema, não poderia servir cebolas no café
da
manhã. O assaltante, frustrado, foi embora.
9º colocado:
Um homem tentou roubar gasolina de um trailer estacionado numa rua em
Seattle e a polícia encontrou-o no lugar, dobrado, no chão, vomitando
sem
parar. No relatório da policia está explicado que o homem ao invés de
colocar a mangueira no tanque e chupar para puxar a gasolina, colocou a
mangueira no tanque da privada química do trailer e chupou com muita
força.
O proprietário do trailler se recusou a fazer o B.O. declarando que
nunca
tinha dado tanta risada na vida.
13.9.06
Para refletir - e muito !!!
em 30.08.2006 no plenário do Senado Federal
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores,
Depois de uma longa ausência de algumas semanas, volto a esta Tribuna para manifestar o meu desalento com a vida pública deste País.
Gostaria de estar aqui discutindo, a respeito das riquezas naturais do Brasil, e não como falarei, sobre algo muito pior: a dilapidação do capital ético deste País.
Senador José Jorge, poderíamos não ter um barril de petróleo nem um metro cúbico de gás, mas poderíamos ser uma das potências mundiais em termos de desenvolvimento. O Japão não tem nada. Não tem petróleo, gás ou riquezas minerais. A Coréia do Sul também não tem nada disso, e nos dá um banho em termos de desenvolvimento não apenas econômico, mas também humano.
O que está faltando mesmo a este País e sempre faltou é uma elite dirigente com compromisso com a coisa pública, capaz de fazer neste País o que precisaria ser feito: investimento em capital humano.
Vejam que País é este. Estamos aqui com seis Senadores em pleno mês de agosto, porque estamos em recesso branco. Por que não se reduz a campanha eleitoral a trinta dias e transfere-se o recesso de julho para setembro? Nós ficaríamos com o Congresso aberto, de Casa cheia, até 31 de agosto. Faríamos trinta dias de campanha em recesso oficial, remunerado.
Estamos aqui no faz-de-conta. Como disse o Ministro Marco Aurélio, este é o País do faz-de-conta. Estamos fingindo que fazemos uma sessão do Senado, estamos em casa sem trabalhar. Estou em Manaus há quase um mês, recebendo, sem fazer nada para o Congresso Nacional, pelo menos.
Como se ter animação em um País como este com um Presidente que, até poucos meses atrás, era sabidamente como o é, um Presidente conivente com um dos piores escândalos de corrupção que já aconteceu neste País e este Presidente está marchando para ser eleito, talvez, em primeiro turno? É desinformação da população? Não, não é. Se fizermos uma enquête em qualquer lugar deste País, todos concordarão, ou a grande maioria, que o Presidente sabia de tudo. Então, votam nele sabendo que ele sabia. A crise ética não é só da classe política, não. Parece que ela atinge grande parte da sociedade brasileira. Ele vai voltar porque o povo quer que ele volte. Democracia é isso. Curvo-me à vontade popular, mas inconformado. Esta será uma das eleições mais decepcionantes da minha vida. É a declaração pública, solene, histórica do povo brasileiro de que desvios éticos por parte de governantes não têm mais importância.
Isso vem até da classe dos intelectuais, dos artistas. Que episódio deplorável aquele que aconteceu no Rio de Janeiro semana passada! Artistas, numa manifestação de solidariedade ao Presidente, com declarações cínicas, desavergonhadas! Um compositor dizer que "política é isso mesmo, fez o que deveria fazer", o outro dizer que "política é meter a mão na 'm...'"! Um artista, em qualquer país do mundo, é a consciência crítica de uma nação. Aqui é essa, é isso que é a classe artística brasileira, pelo menos uma grande parte dela, é o povo conivente com isso.
E pior, pior ainda: os artistas estão fazendo isso em interesse próprio, porque recebem de empresas públicas contratos milionários - isso é a putrefação moral deste País -, e o povo vai reconduzir o Presidente porque "política é isso mesmo".
Tenho quatro anos de Senado. Não me candidatarei em 2010, não quero mais viver a vida pública. Vou cumprir o mandato que o povo do Amazonas me deu, não vou silenciar. Ele pode ser eleito com 99,9%. Eu estarei aí na tribuna dizendo que ele deveria ter sido mesmo destituído.O que ele fez é muito grave. É muito grave. Curvo-me à vontade popular, mas não sem o sentimento de profunda indignação.
A classe política já nem se fala, essa já apodreceu há muito tempo mesmo. Este Congresso que está aqui, desculpem-me a franqueza, é o pior de que já participei. É a pior legislatura da qual já participei. Nunca vi um Congresso tão medíocre. Claro, com uma minoria ilustre, respeitável, a quem cumprimento. Mas uma maioria, infelizmente, tão medíocre, com nível intelectual e moral tão baixo, eu nunca vi. O que se pode esperar disso aí? Não sei. Eu não vou mais perder o meu tempo. Vou continuar protestando sempre, cumprindo o meu dever. Não teria justificativa dizer que não vou fazer mais nada. Vou cumprir rigorosamente o meu dever neste Senado até o último dia de mandato, mas para cá não quero mais voltar, não!
Um País que tem um Congresso desses, que tem uma classe política dessas, que tem um povo... Dizem que político não deve falar mal do povo. Eu falo, eu falo. Parte da população que compactua com isso? É lamentável. E que sabe. Não é por desinformação, não. E que não é só o povão, não. É parte da elite, inclusive intelectual. Compactuam com isso é porque são iguais, se não piores.
Vou continuar nessa vida pública? Para quê, para mim, chega!
Vou continuar pelejando pelos jornais e por todos os meios possíveis, mas, como ator na vida política e na vida pública deste País, depois de 2010, não quero mais! Elejam quem vocês quiserem! Podem chamar até o Fernandinho Beira-Mar e fazê-lo Presidente da República - ele não vai com o meu voto, mas, se quiserem, façam-no.
O meu desalento é profundo. Deixo isso registrado nos Anais do Senado Federal. Infelizmente, eu gostaria de estar fazendo outro tipo de pronunciamento, mas falo o que penso, perdendo ou não votos pouco me importa. Aliás, eu não quero mais votos mesmo, pois estou encerrando a minha vida pública daqui a quatro anos, profundamente desencantado com ela.
Muito obrigado, Sr. Presidente!