31.8.10

No #blogday, um giro por aí …

Para começar, um alerta: nossa amiga jornALIZta, protesta contra a nova série do dr. Dráuzio Varela no Fantástico, em que ele resolve atirar no que vê (a mania do brasileiro de se automedicar) e acerta no que não vê, quando critica o consagrado uso dos  remédios naturais pela população brasileira.

Dá para ficar com dúvida sobre que programa da Globo é de sua confiança: o Fantástico, que critica o uso do chazinho de camomila para pegar logo no sono, o Globo Repórter, que sempre escreve matérias sobre os novos remédios naturais e estimulantes; ou ainda o Globo Rural, que olha para esses remédios como quem tem saudade de tempos bons que não voltam mais …

Entretanto, se quiser mais detalhes, clique aqui e leia mais sobre o assunto, que é seríssimo (e aproveite para ler o excelente blog da Aliz).

Já falei do Raphael Tsavkko no post sobre as discussões entre gays e evangélicos, mas recentemente ele chamou a atenção para outro assunto seríssimo: o projeto de lei que institui o controle sob a internet brasileira, vulgo Lei Azevedo, e que foi adequadamente entitulado por todos de “AI5 digital”.

Me impressiona profundamente que alguém com formação de analista de sistemas tenha procurado efetuar um projeto como esse, já que a internet foi concebida como livre desde a sua fundação e controlar o tráfego de informações na rede é equivalente a conter a água do oceano em uma mão; ainda assim, faz todo o sentido convocar blogs e mais blogs para gerar massa crítica e mostrar que o que menos precisamos na rede é de controle.

E sim de consciência; para mais informações, segue o link para o blog do Tsavkko, aqui.

Finalmente, gostaria de fazer umas pequenas indicações antes do fim do #blogday:

Fica aqui o convite para ver esses e outros blogs e acompanhá-los, seja aqui ou no Olho Clínico, meu outro blog – e é assim que encerramos esse “plantão do #blogday”, antes que o próprio Blog Day se acabe no Brasil …

29.8.10

São Paulo, o PSDB que dá certo (!!!)

Celso de Barros, o autor do excepcional NPTO, pediu a mim que desse exemplos de como o modelo do consórcio tucanodemocrata de São Paulo poderia se contrapor ao modelo do petismo lulista – e que pode responder bastante sobre para onde vai a oposição, como ele e outros tantos blogs tentaram adivinhar nos últimos dias.

E, a rigor, seria muito extensa uma resposta baseada nos princípios da reforma gerencial de Bresser Pereira, que foi a base do que FHC tentou fazer no Governo Federal e que foi implementada em São Paulo quase em sua totalidade.

Mas, para começarmos, digamos que o cidadão de São Paulo tem uma visão bem diferenciada do Brasil em relação aos de outros Estados da Federação: e, para começar, esse é de longe o estado brasileiro em que o capitalismo mais se entranhou – e mesmo entre os que vieram de outros lugares para cá tal postura é evidente.

Sendo assim, natural que o cidadão paulista veja como extremamente favorável qualquer medida que reduza impostos e use a iniciativa privada para "melhorar o serviço que o Estado não faz bem"; a rigor todas as políticas de terceirização e privatização por concessões adotadas aqui poderiam ser colocadas como bem-sucedidas, do ponto de vista da população que aqui vive.

E essa é a população que elege o governador do Estado, ainda que a oposição deteste admitir tal fato; quando, por exemplo, questiona o valor absurdo de nossos pedágios, caros para quem usa as estradas com frequência, mas baratos para a grande maioria, restrita ao fluxo interno das grandes cidades e que somente usa as estradas para “viajar”, ainda que seu destino fique a apenas meia hora de sua casa.

Para a grande maioria fica o orgulho de andar em tapetões de asfalto, ainda que quase nunca os utilize de verdade – lembrando que nas vicinais dos pequenos municípios (usadas no dia-a-dia do interiorano) não há pedágio; mas atesta-se o sucesso da política governamental, e, para muitos, é isso que importa.

Outro questionamento relevante é sobre as políticas de caráter social: ao contrário do que se pensa, há muitas que são vendidas como atitudes de sucesso em São Paulo, cidade e estado, cada uma delas com seu contraponto federal - Dose Certa, Mãe Paulistana, conjuntos da CDHU e outros; tem para todo gosto, até um programa de distribuição de renda é fornecido à população, o Renda Cidadã, que não deixa de ser uma cópia piorada do Bolsa Família mas que funciona, ao menos na propaganda tucana.

Há, contudo, diferença chave na assistência social tucana em relação à petista: as ações são tomadas visando agradar a classe média conservadora, que "valoriza demais o suor do próprio trabalho para deixar que vagabundos usem do dinheiro que ele lutou para ganhar", numa atitude que a muitos parece ser egoista.

Mas que tem que ser atendida por quem foi eleito, sob pena de não voltar a ser governo; e, para essa população, que constitui a metade do Estado que vota no PSDB-DEM sem pestanejar, só tem que ser ajudado quem realmente precisa de socorro.

Assim, as políticas sociais tucanodemocratas visam principalmente deficientes, grávidas, divorciadas com filhos ("casa da CDHU sai no nome da mulher", não é isso?), idosos, e outras minorias de necessitados, que precisam do apoio do Estado - e o obtém.

Não espere deles, porém, medidas contra a miséria; essas não existem, porque para o eleitor do PSDB-DEM "trabalho está à vista, e quem recebe Bolsa Família podia carpir uma terra, ou lavar uma louça, ou fazer qualquer trabalho que dignifique o homem" e que não seja motivo para ele ser “um vagabundo que vive do governo”.

Talvez por aí dê para entender porque São Paulo é o laboratório do social-liberalismo inaugurado pelo ex-PFL e adotado pelo tucanato, aquele sistema que acredita que o Estado deve deixar tudo para a iniciativa privada fazer e concentrar-se apenas no básico, que para os teóricos tucanos é saúde, educação e habitação.

E, a propósito, segurança; já que os conservadores sempre tem medo, no mínimo, dos sem-sei-lá-o-quê que invadem seus sonhos de ordem e progresso …

28.8.10

Evangélicos e gays: a velha rixa de sempre

No Paulopes Weblog, uma notícia interessante: um evangélico foi preso no Egito por distribuir panfletos cristãos, conseguindo o apoio do Itamaraty para retornar ao país; e não me espanta que tal situação aconteça, considerando-se que nos piores lugares do mundo para um cristão estar os missionários geralmente adotam outras profissões para manter a vida, ou as aparências, enquanto agem por debaixo dos panos para falar de Cristo num contexto de extrema pressão e risco.

O que me espantou, profundamente, foi ver esse comentário, do blog do Rafael Tsavkko, a respeito do assunto; e não sei até agora dizer se me sinto indignado por ver alguém demonstrar o desejo de alguém ser punido por fazer o que lá se chama “proselitismo religioso” (e que os cristãos chamam de evangelismo) ou se me ponho constrangido, pelas inúmeras atitudes de caráter preconceituoso que os evangélicos tomam quando o assunto é garantir os direitos dos homossexuais no Brasil, entre eles os 78 direitos negados a casais gays por falta de regras sobre o assunto.

É constrangedor notar que foi um partido político, o PSOL, que deu o direito aos homossexuais de ver o primeiro beijo gay exibido em horário nobre, e que foram entidades evangélicas as que mais protestaram contra tal situação; contudo, é bom que se diga que há muito se tenta fazer com que role um beijo entre dois homens ou duas mulheres em uma novela e ele não ocorre, mais por pressão do público conservador que oposição dos evangélicos, que estão também na lata do lixo quando o assunto é opinião pública nacional.

O fato é que os protestantes, até pelo amor que tem a todos aqueles que necessitam de voltar para os braços do Pai, tratam os homossexuais como gente que precisa de orientação, mais ou menos como aquele que precisa de um tratamento para uma doença grave mas que se nega a adotar hábitos saudáveis e agir conforme o médico mandou. A única diferença, nesse caso, é que o médico das almas para os cristãos protestantes se chama Jesus Cristo, e que ele condena atitudes erradas, não as pessoas (é o “condenar o pecado, não o pecador”, que tanto se houve nas Igrejas por aí).

Nesse processo, cometemos muitos erros, e o principal é não “pensar fora da caixa”, não entender que há pessoas do outro lado que podem se sentir ofendidas por nossos pensamentos e que não vamos ser ouvidos se não soubermos respeitar o outro lado – contudo, quem tem mais respeito, quem age pelo amor ou quem age pelo ódio? Quem incomoda, com versículos bíblicos, ou quem age com violência?

Ou, mais diretamente: quem realmente quer o bem dos gays, quem tenta trazê-los para o caminho de Deus ou quem os ofende, persegue e mata?

26.8.10

Para pensar

Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.

Pitágoras

24.8.10

Pensamento banal

"É duro não estar mais com seus amigos verdadeiros, mas pior ainda é ser obrigado a estar com falsos amigos".
fps, qualquer dia e hora

21.8.10

Uma metáfora bem “anos 80” para explicar o canto do cisne de José Serra

A Folha desistiu.

José Serra é carta praticamente fora do baralho na sucessão presidencial, segundo editorial de hoje do periódico paulista, que tripudia do candidato que cometeu besteira atrás de besteira na coordenação de sua campanha.

Todas atribuídas ao próprio, tido como centralizador, mesquinho e autoritário, que fez de tudo fez para agradar a grande mídia e tornou a intelectualidade paulistana sua trincheira maior, fazendo de São Paulo, o Estado, um canteiro de obras que nunca acabaram.

Num governo que de fato agiu de uma forma que agrada em cheio ao eleitorado malufista-janista, mas que fora dos limites dessas verdadeiras mulas políticas não fazia sentido algum, muito menos para o tucanato que elegeu um dia Covas para livrar o Estado de gente como Maluf e Quércia.

E que aliou-se a gente como Roberto Jefferson para chamar o governo do PT de corrupto e meio, sustentar a falta de experiência de Dilma Roussef e receber da Velha Mídia e dos que a sustentam a proteção de quem achava que finalmente iriam acordar de um pesadelo, e voltar a ver um homem de bem governando o país e guiando-os ao Eldorado, com a cara de Miami.

E onde pobre não entra.

Nesse contexto, Serra lembra muito o personagem Mumm-Ra, o famoso inimigo dos Thundercats que muita gente entre 30 e 40 anos conhece dos tempos de Xou da Xuxa – sim, porque a rainha dos baixinhos atraía os marmanjos mas a maioria queria mesmo era ver desenho antes de ir para a escola.

Quem era daquela época lembra de que Mumm-Ra, de fato, era extremamente fraco, e somente se tornava poderoso após pedir humildemente a um poder superior que o ampliasse, que ele chamava de “os Antigos Espíritos do Mal”.

E, se você não se lembra, eu te ajudo com o vídeo abaixo:

Bem, o fato é que José Serra recebeu da Velha Mídia e dos que a apoiam crédito suficiente para sua empreitada: abandonou a Prefeitura de São Paulo, lançou-se ao Governo e deixou seu pupilo Kassab cuidando do terceiro orçamento da União e tornando a maior cidade do Brasil numa terra “arrumadinha”, “limpinha” e podre por dentro.

Transformou o Governo de São Paulo em ponte para seus projetos, e mirando-se sempre no futuro presidencial para dizer que podia fazer mais do que ele; a nefasta Lei Antifumo, inclusive, fez parte desses planos, como uma forma de ofuscar o aumento de impostos do governo federal sob o cigarro.

Meteu-se em enrascadas como a Nova Marginal que nunca acaba, mostrou-se incapaz de fazer uma gestão eficiente dos recursos e passou ou quatro anos de seu governo para o dia em que entraria em campo para livrar as brigadas conservadoras desse país de Lula, que para eles é um iletrado que teve sorte, nada mais do que isso.

Por esses motivos as forças conservadoras desse país apoiaram José Serra; até o momento em que, na hora em que se esperava dele que atacasse Lula, negou fogo, e passou a querer ser o sucessor ungido de quem muitas vezes atacou.

Isso nossos “Espíritos do Mal” jamais aceitariam, assim como não aceitaram um Alckmin jurando que não privatizaria empresas em 2006, e como, bem lá no fundo, não aceitaram Lula, e nunca engolirão de fato Dilma.

Nem ninguém que leve em seus ombros o legado futuro de governos liderados pelo PT.

Uma metáfora bem “anos 80” para explicar o canto do cisne de José Serra

A Folha desistiu.

José Serra é carta praticamente fora do baralho na sucessão presidencial, segundo editorial de hoje do periódico paulista, que tripudia do candidato que cometeu besteira atrás de besteira na coordenação de sua campanha.

Todas atribuídas ao próprio, tido como centralizador, mesquinho e autoritário, que fez de tudo fez para agradar a grande mídia e tornou a intelectualidade paulistana sua trincheira maior, fazendo de São Paulo, o Estado, um canteiro de obras que nunca acabaram.

Num governo que de fato agiu de uma forma que agrada em cheio ao eleitorado malufista-janista, mas que fora dos limites dessas verdadeiras mulas políticas não fazia sentido algum, muito menos para o tucanato que elegeu um dia Covas para livrar o Estado de gente como Maluf e Quércia.

E que aliou-se a gente como Roberto Jefferson para chamar o governo do PT de corrupto e meio, sustentar a falta de experiência de Dilma Roussef e receber da Velha Mídia e dos que a sustentam a proteção de quem achava que finalmente iriam acordar de um pesadelo, e voltar a ver um homem de bem governando o país e guiando-os ao Eldorado, com a cara de Miami.

E onde pobre não entra.

Nesse contexto, Serra lembra muito o personagem Mumm-Ra, o famoso inimigo dos Thundercats que muita gente entre 30 e 40 anos conhece dos tempos de Xou da Xuxa – sim, porque a rainha dos baixinhos atraía os marmanjos mas a maioria queria mesmo era ver desenho antes de ir para a escola.

Quem era daquela época lembra de que Mumm-Ra, de fato, era extremamente fraco, e somente se tornava poderoso após pedir humildemente a um poder superior que o ampliasse, que ele chamava de “os Antigos Espíritos do Mal”.

E, se você não se lembra, eu te ajudo com o vídeo abaixo:

Bem, o fato é que José Serra recebeu da Velha Mídia e dos que a apoiam crédito suficiente para sua empreitada: abandonou a Prefeitura de São Paulo, lançou-se ao Governo e deixou seu pupilo Kassab cuidando do terceiro orçamento da União e tornando a maior cidade do Brasil numa terra “arrumadinha”, “limpinha” e podre por dentro.

Transformou o Governo de São Paulo em ponte para seus projetos, e mirando-se sempre no futuro presidencial para dizer que podia fazer mais do que ele; a nefasta Lei Antifumo, inclusive, fez parte desses planos, como uma forma de ofuscar o aumento de impostos do governo federal sob o cigarro.

Meteu-se em enrascadas como a Nova Marginal que nunca acaba, mostrou-se incapaz de fazer uma gestão eficiente dos recursos e passou ou quatro anos de seu governo para o dia em que entraria em campo para livrar as brigadas conservadoras desse país de Lula, que para eles é um iletrado que teve sorte, nada mais do que isso.

Por esses motivos as forças conservadoras desse país apoiaram José Serra; até o momento em que, na hora em que se esperava dele que atacasse Lula, negou fogo, e passou a querer ser o sucessor ungido de quem muitas vezes atacou.

Isso nossos “Espíritos do Mal” jamais aceitariam, assim como não aceitaram um Alckmin jurando que não privatizaria empresas em 2006, e como, bem lá no fundo, não aceitaram Lula, nem Dilma, nem ninguém que leve em seus ombros o legado futuro dos governos do PT.

20.8.10

Poesia

espetinho
 
Boteco numa tarde de calor

Silêncio ...

Incomum para um boteco,
no momento em que todos sairam do almoço
e ainda não chegaram os que à noite
farão a festa daquela casa,
e do seu dono.

E sentado, diante do caixa,
como quem não quer nada,
o empregado solitário sonha ...


E com o que sonharia?
 
Com uma musa,
a mulher amada?
 
Ou com a gostosa da esquina?
 
Quem sabe,
com tempos melhores
para si e para o povo?
 
Talvez …
 
Com a queda da bolsa?
 
Ou então a subida do dólar?
 
Se bem que isso, na verdade,
traz mais é pesadelos
a quem tem dinheiro investido.
 
Bem, com o que ele sonha, eu não sei,
mas ele não está aqui para isso,
logo ...
 
 
 


... ACORDA, MEU !!!
 
´Tá pensando que a vida é doce, é?

 
fps, 20/08/2010, 16:10

18.8.10

Poesia

DSC00031

Saudades da vida

Sinto saudades dos tempos

em que criança corria,

em que não suava,

em que não sentia,

em que não sofria,

em que só vivia

como o que passava

na brisa do mar.

 

Sinto saudades dos tempos

em que, adolescente,

em mais um repente,

era permitido

somente sonhar.

 

Sinto saudades da vida

que eu já vivia

e, em que um tempo

podia cantar.

 

Sinto saudades de tudo,

e de ti, somente,

pois quero falar.

 

Sinto saudades da vida,

que eu já passei.

 

Saudades do que já criei.

 

Saudades da vida.

 

Saudades de ti.

 

Saudades de mim.

 

fps, 23/06/02

13.8.10

Higienópolis não quer metrô

Higienópolis não quer uma estação de metrô dentro do bairro. 

E é capaz de conseguir seu intento, mantendo o caráter de condomínio fechado que possui desde sua fundação, já que estações de metrô, além de abrir os bairros servidos por elas à “visitação pública”, trazem também com isso a sensação de insegurança típica de quem não quer encarar o mundo à sua volta e tem muito medo de ver a realidade que o cerca.

Higienópolis não quer metrô, assim como a Vila das Belezas, que impediu a construção de uma estação na linha 5 pelo mesmo motivo (manter a característica fechada do bairro); e como a Chácara Klabin, dos condomínios fechados e segurança cada vez mais rígida, que inclusive melhora a Polícia de sua região com recursos próprios para poder isolar-se com mais dignidade do mundo que a cerca.

Numa ironia que corrói, e fere, e destrói - como tanta coisa estúpida que só existe nessa selva de pedra chamada São Paulo.

Essa classe média alta, classe B, que não quer o populacho beirando sua piorta, nem os mendigos e ambulantes, prefere se mobilizar para isolar-se que correr atrás de soluções para os problemas que afligem a todos, sem exceção.

E o que é mais engraçado, tratam-se de pessoas que andam à vontade nas ruas parisienses, mas que não é capaz de perceber que desenvolvimento de verdade é deixar o carro em casa e usar os pés para ir a qualquer parte.

Ou as rodas, por exemplo, como a turma da bike tem mostrado cada vez mais, ainda que com os exageros típicos dos ativistas de plantão.

….

E eles ainda querem se defender de nós … oh, e agora, quem é que vai ME defender dessa gente que está tornando São Paulo uma cidade cada vez mais cretina?

12.8.10

Um versículo?

Tem muitos ... mas fico com um dos preferidos do meu pai:

"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
O meu socorro {vem} do SENHOR, que fez o céu e a terra."

Salmos 121:1-2

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Poesia

 
Paradoxo das tragédias

e enquanto a chuva cai
e a água sobe
ouve-se o grito de ...

gol!

de quem?

do brasil.

e enquanto os fogos sobem,
a chuva cai ...

outro gol!

de quem?

do brasil.

deve ser de outro brasil,
porque do país que eu vivo,

não é.


fps, 25/06/2010, 16:15


11.8.10

Poesia

Amar e sofrer

Amor da minha vida,

paixão e sofrer,

que é o que me anima,

faz enlouquecer.

 

Tu que me alucina,

arde o coração,

e traz despedida,

dor de uma paixão.

 

És tu, musa amada,

toda bela e pura,

grande inspiração,

de quem já sou homem

desgraçado e puro

por estar já amando

sem o ser amado.

 

Por estar sem alguém,

que p´ra mim já é tudo,

que faz da memória

a única estória,

que tenho em mim.

 

Que me faz assim,

ó musa de encantos,

que a mim traz certezas,

que enxuga meus prantos,

prantos que formaram

um mar de anil.

 

Ó musa amada,

não digas que chora,

não chores, querida,

por homem tão vil.

 

 

Espera-me, ó musa idolatrada.

Ainda voltarei.

fps, em data não lembrada

4.8.10

Em prosa, um perfil de mulher

Luciana

Nada pode se comparar aos dias em que tive Luciana comigo.

Seus olhos, sua boca, o doce andar de seu corpo gracioso passando cantante na areia, em dias de sol - e que faziam este corpo moreno e bronzeado mostrar seu valor, com a brisa do mar cintilando, brincando com o ar, fazendo sorrir seus cabelos bonitos, e longos, e finos, de uma textura agradável aos olhos - e bem mais, ao tocar.

Oh, Luciana querida, como te quis ao meu lado, sorrindo adoidado, seu corpo "caliente" fazendo em mim tudo aquilo que eu podia e queria de ti - e até o que não podia, já que eu era um louco, um imenso maluco, a te procurar dentro em mim, sem no entanto tentar te encontrar, ou mesmo te entender.

Reencontrei-a em um bar.

Estava alegre, contente, como sempre, sorridente.

Sorria p´ro mar e p´ra vida, sorria bastante, sorria demais, sem cessar.

Sorria contente, não sabia o porquê.

No entanto seus olhos já não eram os mesmos, pareciam simples sombras do que eu já vira um dia ali.

Outros homens passaram, e a possuiram, também magoando seu pobre coração.

Já não via nela aquela menina, cabelos ao vento, cuja tal beleza espantava os homens e fazia meu corpo feliz.

Era agora mulher - uma mulher rebelde, bem mais preocupada, menos preparada para a vida do que aquela que eu já sentia em mim.

Sentia, naquele momento, a vontade de dizer muitas coisas - o quanto a queria, e o quanto sofri.

Mas apenas um tempo, e me veio à cabeça o que tinha que ser.

Vá então, Luciana.

Procure seus amores.

Procure os encantos, os novos, os velhos, aqueles que a vida então lhe dará.

Não procure em mim aquela tal pessoa que você conheceu - já não és mais a mesma, pois em teus lindos olhos, querida Luciana, só vejo a tristeza de quem já amou.

Mas que nunca, nunca mesmo, a alguém se entregou.

 

fps, 17/07/2010, 19:40

3.8.10

O que tem no seu Ctrl+V?

Comentários, muitos comentários; como esse, escrito no blog do NPTO a respeito do Serra não ter faculdade:

"Pela primeira vez a "direita" (que não é direita de verdade, pois quer um Estado muito intrometido nos costumes para ser chamada assim) finalmente vai votar num cidadão que não tem faculdade, depois de terem xingado o atual presidente da República por ele ser iletrado, ou "apedeuta", durante 8 anos a fio.

Assim como votaram em 2006 num prefeito que tem até hoje a masculinidade posta à prova, mas expulsariam de casa o filho que se assumiu como gay; e chamaram a ex-prefeita de vagabunda para baixo por causa de uma separação.

Eu não me importaria, de fato, de dizer que o Serra não tem diploma, desde que o eleitor serrista respeitasse esse fato; pois bem, se o Lula não era capaz de ser presidente por não ter diploma, quem é o Serra, economista de primeira, para governar o Brasil como o Lula governou?

Não é culpa de ninguém, não é você que deveria estar lendo isso mas sim o tio Rei e toda a estúpida corja que torna a discussão política um esgoto sem fim; Dilma não teve o direito a um vestido decente, assim como Serra quase morreu no Estádio Nacional, mas se os estúpidos "do lado de lá" querem baixar o nível, como se deseja que a esquerda mantenha sua compostura?"

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O que tem no seu Ctrl+V?

Comentários, muitos comentários; como esse, escrito no blog do NPTO a respeito do Serra não ter faculdade:

"Pela primeira vez a "direita" (que não é direita de verdade, pois quer um Estado muito intrometido nos costumes para ser chamada assim) finalmente vai votar num cidadão que não tem faculdade, depois de terem xingado o atual presidente da República por ele ser iletrado, ou "apedeuta", durante 8 anos a fio.

Assim como votaram em 2006 num prefeito que tem até hoje a masculinidade posta à prova, mas expulsariam de casa o filho que se assumiu como gay; e chamaram a ex-prefeita de vagabunda para baixo por causa de uma separação.

Eu não me importaria, de fato, de dizer que o Serra não tem diploma, desde que o eleitor serrista respeitasse esse fato; pois bem, se o Lula não era capaz de ser presidente por não ter diploma, quem é o Serra, economista de primeira, para governar o Brasil como o Lula governou?

Não é culpa de ninguém, não é você que deveria estar lendo isso mas sim o tio Rei e toda a estúpida corja que torna a discussão política um esgoto sem fim; Dilma não teve o direito a um vestido decente, assim como Serra quase morreu no Estádio Nacional, mas se os estúpidos "do lado de lá" querem baixar o nível, como se deseja que a esquerda mantenha sua compostura?"

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Comentários, muitos comentários; como esse, escrito no blog do NPTO a respeito do Serra não ter faculdade:

"Pela primeira vez a "direita" (que não é direita de verdade, pois quer um Estado muito intrometido nos costumes para ser chamada assim) finalmente vai votar num cidadão que não tem faculdade, depois de terem xingado o atual presidente da República por ele ser iletrado, ou "apedeuta", durante 8 anos a fio.

Assim como votaram em 2006 num prefeito que tem até hoje a masculinidade posta à prova, mas expulsariam de casa o filho que se assumiu como gay; e chamaram a ex-prefeita de vagabunda para baixo por causa de uma separação.

Eu não me importaria, de fato, de dizer que o Serra não tem diploma, desde que o eleitor serrista respeitasse esse fato; pois bem, se o Lula não era capaz de ser presidente por não ter diploma, quem é o Serra, economista de primeira, para governar o Brasil como o Lula governou?

Não é culpa de ninguém, não é você que deveria estar lendo isso mas sim o tio Rei e toda a estúpida corja que torna a discussão política um esgoto sem fim; Dilma não teve o direito a um vestido decente, assim como Serra quase morreu no Estádio Nacional, mas se os estúpidos "do lado de lá" querem baixar o nível, como se deseja que a esquerda mantenha sua compostura?"

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1.8.10

Poesia

Insônia em “ene” passos

Vira,

senta,

levanta,

senta de novo,

deita,

de lado,

do outro,

vira,

senta,

levanta,

vai para o banheiro,

faz o que tem que fazer,

volta,

deita,

vira,

de lado,

do outro,

senta,

levanta,

vai para a cozinha,

toma café,

(não! leitinho),

volta para a cama,

vira,

volta,

vai,

vira,

volta,

vai,

de um lado,

do outro,

vira,

volta,

volta,

vira,

uaaaaah ….

 

fps, 01/08/2010